Silvia Massruhá: Embrapa é referência em agricultura tropical e hoje trabalha com inteligência de dados
Presidente da Embrapa participou do Seminário LIDE Estadão | Agronegócio, ocorrido na CASA LIDE, em São Paulo. No evento, com a participação de empresários e especialistas, o ex-ministro Roberto Rodrigues recebeu homenagem pela contribuição ao setor.
Silvia Massruhá, presidente da Embrapa. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
De estatal pesquisadora para garantir a segurança nacional alimentar, a Embrapa se tornou referência mundial em eficiência de agricultura tropical. A afirmação é da presidente da instituição, Silvia Massruhá, que participou do Seminário LIDE Estadão | Agronegócio. O evento foi realizado na CASA LIDE, em São Paulo, nesta terça-feira (10).
"A Embrapa foi um ator muito importante para o desenvolvimento da agricultura tropical no Brasil e no mundo. Nascemos, há 50 anos, para estudar e garantir a segurança alimentar, claro. Mas a Embrapa se posiciona hoje num momento muito importante, pois se tornou referência mundial em agricultura tropical, principalmente associada à sustentabilidade", afirmou.
Seminário LIDE | Agronegócio aconteceu na CASA LIDE, em São Paulo. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
De acordo com a executiva, a atual gestão da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária está focada em ampliar o alcance em inteligência de dados. "Estamos nos organizando com metas e ampliar indicadores para balizar nossa atuação. É um compromisso que eu assumi, pois precisamos garantir a transparência no processos de produção e evoluir na revoluação sustentável".
O Seminário LIDE Estadão | Agronegócio pautou os caminhos do financiamento para o setor e os grandes desafios do produtor rural. No evento, o embaixador da FAO para o Cooperativismo e ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, foi homenageado pela contribuição ao setor. "É importante que tenhamos a consciência de que o que fizemos não é suficiente", alertou.
Silvia Massruhá, presidente da Embrapa, e Roberto Rodrigues. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
Desafios da produção
O CFO da Minerva Foods, Edison Ticle, defendeu a eficiência da cadeia produtiva brasileira como elemento essencial para ampliar mercado internacional. "Certamente, nós somos o produtor de carne bovina mais eficiente do mundo e o Brasil é o único país capaz de aumentar volume de produção com rapidez, segurança e de maneira sustentável", afirmou.
A diretora executiva da Rede ILPF (Integração Lavoura, Pecuária e Floresta), Isabel Ferreira, defendeu a integração de stakeholders para garantir a ampliação da produção nacional. "Temos de garantir nossos próprios modelos de sustentabilidade e exportá-los. Não precisamos trazer de fora. Produzir e preservar não é apenas possível, como é também rentável".
Diretora executiva da Rede ILPF, Isabel Ferreira. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
O presidente do grupo BBF, Milton Steagall, lembrou da importância em desenvolver o agro em paralelo com a responsabilidade socioambiental. "Desde o nascimento da Brasil BioFuels, nós trabalhamos dessa maneira e sempre deu certo. Trabalhar de maneira sustentável faz parte do negócio e está entre as nossas premissas para contribuir com a sociedade".
O presidente da Associação Paulista de Avicultura (APA), Érico Pozzer, pontuou que o Brasil também é o maior exportador de carne de frango do mundo e a única nação que mantém índices de segurança alimentar elevados. "Isso traz confiabilidade para o mercado e garante o crescimento da nossa presença no exterior", lembrou.
Seminário LIDE de Agronegócio ocorreu na CASA LIDE, em São Paulo. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
Financiamento
O presidente da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho) de São Paulo, Azael Pizzolato Neto, disse que o setor tem evoluído de modo a atuar de maneira independente. "Isso acontece de maneira gradativa, mas é muito importante. O setor não pode apenas depender de incentivos governamentais, de modo que exista um meio para o ele possa se fortalecer e se auto incentivar", afirmou.
A CFO da Coteva, Marisa Marques, disse que o produtor rural precisa se adaptar às demandas da nova geração do setor. "Acredito que estamos antenados para o que vem surgindo. Por isso, entendo que o crédito é um desafio muito grande que essa indústria precisa suprir. Por isso, é necessário se sofisticar e entender o momento para contribuir o agronegócio".
CFO da Coteva, Marisa Marques. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
O CEO da Sicoob Credicitrus, Almir Segatto, defendeu o papel das cooperativas nesse novo momento do agrobussines. "O cooperativismo tem, na sua origem, o agronegócio. Não podemos esquecer disso, ainda mais agora que o pequeno e médio produtor, que tem uma parcela significativa no segmento, dependem de crédito para se desenvolver, criar novos postos de trabalho e ampliar a produção".
Para o diretor de Agronegócios do Bradesco, Roberto França, cabe às cooperativas conectar as grandes reservas ao setor produtivo. "A gente se conectada para contribuir, para que as elas levem esses recursos aos pequenos produtores. Contribuímos não apenas com recursos financeiros, mas com inteligência e informação suficiente para garantir a segurança dos investimentos", explicou.
Painel debateu os desafios do produtor rural. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
Justamente os dados quem devem ser aproveitados pelo setor, afirmou o gerente de solução para o Agro do Banco do Brasil, Marcelo Gruber Velasques. "Não podemos deixar de lado o analytics. Os dados, todas as informações que estiverem ao alcance devem ser usados para indicar onde levar esse crédito. Os parâmetros, hoje, são outros e temos nos adaptar a isso, tanto para quem oferta como quem precisa".
O Seminário LIDE Estadão | Agronegócio foi realizado em parceria com o Estadão, com apoio da AGCO e da Volkswagen Caminhões e Ônibus. Três corações, Eccaplan, Natural One e Prata foram os fornecedores oficiais. Estadão, Rádio Eldorado, TV LIDE e Revista LIDE foram os parceiros de mídia. Operadores de tecnologia na CASA LIDE: NetGlobe, RCE, Semp TCL e The LED.
Seminário LIDE | Agronegócio aconteceu na CASA LIDE. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)