Arthur Lira: 'Principal reforma que o Congresso terá que brigar, é a de não deixar retroceder o que já foi aprovado'

O presidente da Câmaara dos Deputados, Arthur Lira, citou as próximas pautas desenvolvimentistas. (Foto: Érika Garrida/LIDE)

Arthur Lira, presidente do Câmara, esteve no LIDE Brazil Investment Forum, em Nova York, para debater sobre temas que pairam em sua rotina: as reformas estruturais do Brasil, em especial a tributária. Em sua fala, o deputado federal deixou claro que seu objetivo é seguir com estes projetos e vigiar qualquer movimentação que tente reverter as reformas já aprovadas, que em sua visão, demonstraria um retrocesso ao país.

Como exemplo ao recado, Lira citou marcos importantes nesta sequência de aprovação da Câmara, como o marco da cabotagem e o Projeto de Decreto Legislativo PDL do saneamento, reforçando que as reformas têm um objetivo em comum: um Brasil mais justo, mais simples e com segurança jurídica.

Em resposta ao discurso de preocupação do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, quanto a aprovação da reforma tributária, Lira foi enfático em dizer que nem a cidade, nem o estado perderam com este projeto.

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Ricardo Nunes e Eduardo Paes alertam para os riscos da reforma tributária aos municípios

“Eu olho para São Paulo e não tenho dúvida, nem o estado, nem a cidade perderão com a reforma tributária- seja ela qual for. Porque lá é onde se produz mais e se consome mais”.

Ainda sobre esse tema, o presidente da Câmara afirmou que tratara-lo com especificidades, tendo também como meta a aprovação do arcabouço fiscal.

“Nosso desafio vai ser que o arcabouço fiscal e a reforma tributária fiquem à margem da polarização, porque são temas nacionais”, reforçou o deputado federal.

Lira aproveitou seu discurso para refutar a exposição do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, sobre a reforma administrativa, que segundo o chefe do executivo municipal, não é discutida por medo. De acordo com o presidente da Câmara, esse texto já está pronto e aprovado pela Comissão Especial e disponível para ir a plenário.

“Precisamos de apoio político, empresarial e da imprensa. Ela não mexe no direito adquirido dos atuais servidores, mas os novos entrantes irão para um sistema de mais contenção”, complementa.