Gabriel Buim defende saneamento como base do Brasil sustentável e apresenta cases de inovação no MS
Diretor-presidente da Águas Guariroba e da Ambiental MS Pantanal destaca avanços no Mato Grosso do Sul e anuncia investimentos no Pará, no Fórum LIDE COP30, realizado em parceria com a FIEMS.
Gabriel Buim, diretor-presidente da Águas Guariroba e da Ambiental MS Pantanal. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
Com uma fala enfática sobre a importância do saneamento para a justiça climática e o desenvolvimento social, Gabriel Buim, diretor-presidente da Águas Guariroba e da Ambiental MS Pantanal, destacou durante o Fórum LIDE COP30 — realizado em parceria com a FIEMS — que “saneamento é dignidade, sustentabilidade e desenvolvimento para o Brasil real”.
Representando a EGEA, maior holding privada de saneamento do país, Buim apresentou dados que reforçam o tamanho do desafio: cerca de 90 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à rede de esgoto, e 32 milhões vivem sem água tratada. “O marco legal de 2020 criou uma meta: atingir 99% de cobertura de água e 90% de esgoto até 2033. Isso exige R$ 550 bilhões em investimentos, e estamos fazendo nossa parte”, afirmou.
No Mato Grosso do Sul, o impacto já é visível. A EGEA, por meio das operações da Águas Guariroba e da Ambiental MS Pantanal, atua em Campo Grande e em outras 68 cidades. “Desde 2020, já instalamos mais de 1.100 quilômetros de rede de esgoto e beneficiamos mais de 200 mil pessoas. Só nesta manhã, temos 70 equipes trabalhando simultaneamente em 20 cidades”, relatou Buim. Até 2029, os investimentos na região devem somar R$ 1,3 bilhão.
Gabriel Buim também apresentou ações ambientais que integram o conceito de saneamento sustentável. “Toda a matriz energética da EGEA no estado vem de fontes renováveis, parte gerada localmente em Cacilândia”, explicou. A empresa ainda promove recuperação ambiental em parceria com a WWF na bacia do Rio Paraguai, dentro do bioma Pantanal. “Até 2029, vamos impedir que 98 milhões de metros cúbicos de esgoto cheguem ao Pantanal.”
Entre os projetos de economia circular, Buim destacou a transformação do lodo do esgoto em fertilizante para pequenos produtores rurais. “Pegamos o esgoto, tratamos e transformamos o subproduto em algo que gera renda e produtividade na agricultura familiar. É sustentabilidade na prática.”
Outro case de impacto foi o atendimento a comunidades em palafitas na cidade de Manaus. “Criamos uma rede aérea de esgoto no Beco do Nonato, beneficiando 900 pessoas que antes despejavam esgoto diretamente nos corpos hídricos. Essa tecnologia poderá ser aplicada no Pará, que será o foco global durante a COP30”, adiantou.
Segundo Buim, o contrato para atuação no Pará deve ser assinado até agosto, com investimentos previstos de R$ 15 bilhões. “Hoje o estado tem apenas 9% de cobertura de esgoto. Queremos mudar isso. Com a COP30 se aproximando, o mundo estará olhando para o Pará, e o avanço do saneamento será parte desse protagonismo.”
A fala de Gabriel Buim reforça o compromisso da EGEA com soluções estruturantes e inovadoras. Para ele, o saneamento precisa ser entendido como um elo vital entre desenvolvimento econômico, justiça social e preservação ambiental.