Paulo Octávio alerta para impacto dos juros altos e defende maior presença de empresários na política
Com uma visão voltada para o crescimento econômico e o protagonismo do setor produtivo, Paulo Octávio reforçou que o Brasil só avançará se empresários participarem ativamente das decisões políticas e econômicas do país.
O presidente do LIDE Brasília, Paulo Octávio, participou do Brasil Summit, evento promovido pelo LIDE - Grupo de Líderes Empresariais e pelo Correio Braziliense, nesta quarta-feira (12), em Brasília. Durante sua fala, ele destacou a necessidade de redução das taxas de juros, alertando que o Brasil não conseguirá crescer de forma sustentável em 2025 sem mudanças na política monetária.
“Não dá para o Brasil crescer em 2025 com os juros que temos hoje”
Paulo Octávio ressaltou que, apesar do crescimento do PIB de 3,4% em 2023, as projeções para este ano não são animadoras. Para ele, um dos principais entraves para a economia é a elevada taxa de juros, que inibe investimentos e prejudica o setor produtivo.
"O Brasil precisa encontrar um caminho para reduzir os juros, porque não dá para crescer em 2025 com o patamar que temos hoje", afirmou, direcionando sua fala ao presidente do Banco Regional de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e ao setor financeiro.
Exemplo de gestão no BRB e autonomia administrativa
Paulo Octávio destacou a transformação do BRB, que passou de uma instituição de pouca relevância para se tornar o maior agente do mercado imobiliário brasileiro em financiamentos, superando a Caixa Econômica Federal. Segundo ele, esse sucesso foi possível devido à gestão profissionalizada e livre de interferências políticas, promovida pelo governador Ibaneis Rocha.
"Quando o governo começou, o BRB era um banco sem expressão. Hoje, em seis anos, virou referência, sem indicações políticas, apenas com foco na gestão", afirmou.
Paulo Octávio alerta para impacto dos juros altos. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
Empresários devem atuar mais na política
O presidente do LIDE Brasília reforçou a importância da participação ativa dos empresários na vida pública. Ele mencionou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, como exemplo de empresário que assumiu um cargo de grande responsabilidade e tem conduzido um trabalho positivo.
"O empresário não pode ser omisso. Precisamos de mais empresários na vida pública e nos governos. Essa presença é fundamental para o crescimento e desenvolvimento do país", defendeu.
Relação com os Estados Unidos e o impacto das tarifas
Outro ponto levantado foi a necessidade de uma interlocução mais eficiente entre o Brasil e os Estados Unidos, especialmente diante das tarifas aplicadas pelos norte-americanos que afetam o comércio brasileiro. Para ele, o governo federal precisa agir rapidamente para fortalecer essa relação internacional e evitar prejuízos econômicos.
"O governo tem que ter uma interlocução maior com os EUA. Não sei se será o Itamaraty ou o presidente Lula, mas essa relação precisa ser melhor conduzida", pontuou.
O empresário como agente de transformação
Encerrando sua participação, Paulo Octávio reiterou o papel essencial dos empresários na construção de um país mais próspero. Segundo ele, o Brasil precisa de uma governança mais eficiente, focada em crescimento econômico sustentável e redução de entraves como os altos juros e a burocracia.
O Brasil Summit tem patrocínio do Banco BRB, da CNT e da Febraban; e apoio da TecnoBank e Grupo Paulo Octávio. Os parceiros de mídia são TV LIDE, TV Brasília, cb.dooh, Clube FM 105.5 e Revista LIDE. Os fornecedores oficiais do evento são Natural One e Brasília Palace.