Moedas Globais: dólar avança com divulgação do CPI, e euro recua antes de possível corte do BCE
O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, fechou em alta de 0,38%, a 106,710 pontos. Perto do fechamento de Nova York, o dólar avançava a 152,57 ienes, a libra tinha alta a US$ 1,2748 e o euro recuava a US$ 1,0495.
A inflação ao consumidor americano se comportou amplamente em linha com as expectativas de Wall Street, deixando o caminho pavimentado para mais um corte de juros nos Estados Unidos, na próxima semana. No entanto, o processo de retorno à meta do Federal Fed, de 2% ao ano, parece ter estagnado, o que pode fazer com que o ciclo de flexibilização monetária no país seja congelado no início de 2025. O CPI subiu 0,3% em novembro ante outubro e 2,7% no comparativo anual. Ambos vieram em linha com as estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast. Porém, quando comparado ao indicador de outubro, de 0,2% e 2,6%, respectivamente, os dois também aceleraram.
Enquanto isso, o ING cita ainda a expectativa de um relaxamento monetário mais agressivo do Banco Central Europeu (BCE) do que do Banco da Inglaterra (BoE). "Pensamos que a libra pode continuar a ter um bom desempenho nos próximos meses, mas a nossa principal preocupação é que o BoE se torne mais dovish em fevereiro", alerta.
O Banco do Canadá reduziu a taxa básica de juros em 50 pontos-base, a 3,25% ao ano, segundo comunicado divulgado hoje. A redução é a quinta consecutiva e seguiu o ritmo mais agressivo da decisão anterior. Contudo, o BC canadense alertou que as próximas decisões devem observar uma "retomada do ritmo gradual" de relaxamento monetário. Ao final da tarde, o dólar americano era cotado a 1,4167 canadenses, ante 1,4174 da sessão anterior.
As alterações cambiais desde a noite das eleições americanas nos mercados emergentes têm sido apenas vagamente correlacionadas com a medida global das vulnerabilidades a Donald Trump (que têm em conta a abertura comercial, as exportações para a China, o excedente comercial com os EUA e a porcentagem de matérias-primas nas exportações), aponta a Oxford Economics. As moedas asiáticas (Indonésia, Malásia, Filipinas e Índia) tiveram um desempenho melhor do que o merecido devido às vulnerabilidades comerciais, enquanto o oposto é verdadeiro para Brasil, Chile, México e África do Sul, avalia a consultoria.