‘Nós não concebemos, no Brasil, a criação de novos impostos’, defende Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso
Senador foi um dos expositores do primeiro dia do LIDE Brazil Conference, que ocorre em Londres, na Inglaterra.
O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, mencionou sobre novo momento econômico e político do país, com equilíbrio de discussões pertinentes no âmbito democrático. (Foto: Felipe Ferugon/LIDE)
O futuro do desenvolvimento econômico e sustentável no Brasil pautou o primeiro dia do LIDE Brazil Conference, em Londres, realizado pelo LIDE - Grupo de Líderes Empresariais. O evento, que reúne ministros, autoridades e empresários, debateu soluções para o desenvolvimento de negócios entre os dois países de maneira sustentável.
Neste contexto, o embaixador do Brasil no Reino Unido, Fred Arruda, expôs o fator democrático como elo para chegar no objetivo comum de evolução nas relações econômicas das duas nações.
O embaixador do Brasil no Reino Unido, Fred Arruda, ressaltou o papel democrático do nosso país (Foto: Felipe Ferugon/LIDE)
“O Brasil e o Reino Unido são duas democracias pujantes e duas das maiores economias do mundo, entre valores e interesse, muito nos unem”. Complementando, de forma prática o discurso, trouxe a importância de garantir alimentos sustentáveis, transformação na matriz energética e o desenvolvimento responsável. O potencial desta relação também foi exposto pelo embaixador em sua fala, que muito além dos campos tradicionais que o Reino Unido já investe, comentou o desejo do país em diversificar os negócios.
“Ainda temos, diante de nós, no campo da bilateralidade, possibilidades para explorar, em vistas da promoção do desenvolvimento sustentável. Convido a pensar nas múltiplas conexões entre Brasil e Reino Unido como fontes de soluções para os desafios que nos mobilizam”, instigou.
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Nusrat Ghani, ministra de Estado do Reino Unido foi segunda expositora da conferência. (Foto: Felipe Ferugon/LIDE)
Não só Arruda, mas a ministra de Estado do Reino Unido, Nusrat Ghani, segunda expositora do dia, comentou sobre a conexão entre o progresso e a democracia.
“São relações cruciais entre o compromisso compartilhado das nossas nações com a liberdade, o estado democrático de direito e a democracia. Queremos ter um comércio livre e energizado para a evolução tecnológica”.
Com olhar nas ações presentes, elencou projetos que já estão sendo trabalhados entre Brasil e Reino Unido, reforçando a relevância do comércio entre os países como impulsionador na geração de emprego e renda.
“Nós devemos fazer mais, por isso estamos trabalhando com o Brasil para diversificar e aproximar as nossas relações. Estamos fazendo progressos, principalmente pelo acordo de tributação bilateral que foi firmado para trazer mais investimentos e estamos priorizando a ratificação”.
Brasil é o país do futuro
O membro do parlamento britânico, Marco Longhi, trouxe o tom de otimismo sobre os novos rumos de investimentos entre Brasil e Grã-Bretanha. (Foto: Felipe Ferugon/LIDE)
O membro do parlamento britânico, Marco Longhi, reforçou o seu otimismo com o futuro do Brasil, resgatando, como ele mesmo disse, uma frase que falava ainda na década de 90 quando viveu em terras brasileiras.
“O Brasil vai se tornar o país do futuro”. O político acredita que essa hora é agora. “Não é aceitável que outros países tenham um valor de relação comercial cinco vezes maior que o Brasil”.
Neste ímpeto, Longhi aproveitou para fortalecer a fala da ministra em relação ao acordo de tributação bilateral, explicando que com ele, o efeito do crescimento das empresas será refletido em lucros e, invariavelmente, em tributos que serão pagos para investir em serviços públicos. “Os países precisam ratificar esse acordo, incentivo que solicitem aos seus políticos para encaminhar no congresso”.
Aceno positivo
Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso Nacional, acenou positivamente sobre o progresso do acordo de tributação bilateral. (Foto: Felipe Ferugon/LIDE)
Em resposta ao pedido do parlamentar britânico, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, acenou de forma positiva sobre o progresso do acordo de tributação bilateral. Segundo ele, tão logo chegará ao Congresso e será ratificado, comprometendo-se a acompanhar as perspectivas do poder executivo quanto a essa demanda e outras que estão associadas aos negócios das duas nações. O novo momento econômico e político do país foi mencionado por Pacheco como um caminho que deve ser produtivo neste cenário de progresso, e mais uma vez, a democracia entrou em pauta.
“Mais importante destes encontros é transmitir aquilo que deve ser a base das relações entre nações. O primeiro ponto, a nossa democracia, por vezes atacada, mas a democracia do Brasil restou inabalada, forte como nunca, passível para ambiente um propício para a nossa evolução e nosso desenvolvimento”, destacou.
Quanto ao desenvolvimento econômico, o presidente do Congresso foi bastante enfático quanto a não criação de novos impostos, deixando claro que para o governo essa ideia é inconcebível.
“Há diversas formas de arrecadação possíveis sem que haja a necessidade da criação de novos impostos. Até porque, nós não concebemos, no Brasil, a criação de novos impostos”. Para isso, elenca algumas alternativas como cobrar aqueles que não pagam, como sonegadores, e até mesmo por um projeto que avalia as multas e sanções de agências reguladoras, que por vezes, também não chegam aos cofres públicos.
Assista ao Special Report, do primeiro dia da Conferência do LIDE em Londres: