Ouro renova recorde de fechamento pelo 3º dia seguido em meio a incertezas econômicas
O ouro fechou em alta nesta quarta-feira, 5, e renovou pela terceira vez consecutiva sua máxima de fechamento, impulsionado pela crescente demanda por ativos de refúgio em meio à incerteza econômica global por conta das políticas tarifárias do presidente norte-americano, Donald Trump. Leituras de índice dos gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) dos Estados Unidos e o aumento do déficit comercial aceleraram quedas dos rendimentos dos Treasuries e do dólar, o que também ajudou a sustentar a alta do metal precioso.
Nesta quarta, o ouro para abril avançou 0,60%, a US$ 2.893,00 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Durante a sessão, o metal precioso também renovou seu maior nível histórico a US$ 2.906,00 a onça-troy.
O Swissquote afirma que os investidores podem estar mais relaxados agora do que no começo da semana, mas os ativos de segurança continuam com demanda crescente por conta das incertezas globais causadas por Donald Trump.
O banco destaca que "as perspectivas de que as primeiras semanas sob Trump são apenas um prenúncio do que está por vir nos próximos quatro anos. E não há melhor proteção do que o ouro. Quanto mais caóticas as relações internacionais se tornarem, maior será a demanda".
O SPDR Business acredita que o ouro pode ultrapassar os US$ 3.000 por onça ainda neste ano por conta de "riscos geopolíticos e transições estruturais nas políticas monetária e fiscal".
A TD Securities destacou uma perspectiva otimista para o mercado de ouro, apontando que a recente alta do metal dourado também pode ser explicada pela estabilidade proporcionada por traders de Xangai, que adquiriram 2,8 toneladas de ouro durante a noite, dissipando temores de uma venda em massa após o retorno das férias.
A instituição afirma que o mercado de ouro enfrenta poucas ameaças significativas de liquidações em grande escala, sustentando a tendência de valorização do metal no curto prazo.