Setor cervejeiro é parceiro da retomada da economia brasileira

O volume de vendas do setor deve alcançar, em 2023, 16,1 bilhões de litros, um crescimento de 4,5% em relação a 2022.

Marcio Maciel  (Divulgação)Márcio Maciel, presidente Executivo do SINDICERV (Foto: Divulgação)

Em 25 de maio é comemorado o Dia Nacional da Indústria. A data reforça a importância do setor, essencial para o desenvolvimento do País e grande alicerce da economia nacional. A indústria da cerveja não poderia deixar de celebrar a data, afinal, a cadeia produtiva contribui com mais de 2 milhões de empregos diretos, indiretos e induzidos e geração de 2% do Produto Interno Bruto Nacional. Para cada emprego em uma cervejaria são criados 34 novos postos de trabalho em toda a cadeia produtiva, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja - SINDICERV.

Em números, a cadeia produtiva do setor da cerveja gera mais de 27 bilhões em salários e é responsável por mais de R$ 49,6 bilhões (base 2022) de tributos por ano, sendo um dos principais colaboradores para o crescimento do Brasil. Além de estar conectada a diversos setores como varejo, agronegócio, transporte, energia, veículos, alumínio, vidro, serviços, entre outros.
Em 2002, a indústria cervejeira alcançou o volume de cerca de 15,4 bilhões de litros, crescimento de 8% ante 7,7% em 2021, segundo dados da empresa de mercado Euromonitor International, para o SINDICERV.

Mesmo diante de um cenário econômico desafiador, marcado por taxa de juros em alto patamar e expectativa de inflação em elevação, a expectativa é alcançar 16,1 bilhões de litros em 2023, um crescimento de 4,5% em relação ante 2022, de acordo com a Euromonitor. 

“O Brasil ocupa posição relevante na produção de cerveja, de terceiro maior produtor do mundo, atrás da China e Estados Unidos. Somos um parceiro estratégico para a retomada para o crescimento do país. No entanto, ainda temos o obstáculo do peso dos impostos, relatado pelos produtores do setor como o principal desafio”, afirma o Presidente Executivo do SINDICERV, Márcio Maciel. 

Reforma tributária

O setor apoia uma ampla reforma tributária que melhore a qualidade de vida do brasileiro com foco na geração de renda e emprego para o Brasil. “A questão tributária é, de fato, uma das principais preocupações do setor – seja uma pequena, média ou grande cervejaria, somos o país que mais tributa a cerveja nas Américas: 56% do que o consumidor brasileiro paga é imposto”, explica. 

A recente pesquisa realizada pelo portal Guia da Cerveja apontou que 35,7% das micro e pequenas cervejarias encaram como seu maior desafio a questão tributária. No Sindicerv - cujas empresas respondem por 80% da produção de cerveja no País - não é diferente.

“O setor cervejeiro brasileiro está atento às discussões no Congresso e anseia por uma regra que traga simplificação, transparência, normas fiscais mais robustas que estimulem investimentos, que impeçam a sonegação e não tragam aumento da nossa já alta carga tributária”, ressalta.