89% dos investidores considera aspectos ESG nas diligências para aquisição de ativos

Índice é maior que o registrado pelos pares globais que foi de 82%.

Maria Eugenia Buosi_KPMG_2 (1)Maria Eugenia Buosi, sócia líder de Sustainable Finance da KPMG no Brasil. (Foto: Divulgação)

Uma pesquisa realizada pela KPMG apontou que aumentou de 79% para 89% a parcela de líderes do setor financeiro brasileiro que já realizaram uma diligência em questões ambientais, sociais e de governança (da sigla em inglês, ESG) nas operações de fusões e aquisições, nos últimos dois anos. Já no cenário global, o aumento foi de 81% para 94%. O estudo contou com a participação de mais de 600 executivos, entre eles, gestores de recursos, bancos de investimento, securitizadoras e outros agentes que atuam no mercado de capitais, de 35 regiões globais, incluindo o Brasil.

“Este dado reflete uma consciência crescente do mercado brasileiro sobre a relevância dos fatores ESG nas decisões de investimento e revelou ainda uma tendência marcante. Mesmo diante de incertezas econômicas, a importância das considerações sobre o tema continua a crescer rapidamente”, analisou a sócia líder de Sustainable Finance da KPMG no Brasil, Maria Eugenia Buosi.

Ainda segundo o levantamento, 89% dos líderes entrevistados afirmaram que as questões ESG permeiam a agenda de fusões e aquisições. Esse índice é maior que o registrado pelos pares globais que foi de 82%. Também no cenário mundial, 71% dos investidores relataram um aumento na importância dos fatores de meio ambiente, social e de governança nas operações concretizadas nos últimos 12 a 18 meses.

“Esse crescimento foi impulsionado pela crença no valor monetário da identificação precoce de riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade e pela necessidade de atender a requisitos regulatórios que estão em evolução. Além disso, as diligências em ESG têm se consolidado como um elemento crucial nas transações de fusões e aquisições globalmente e o Brasil não é exceção”, finalizou o sócio de consultoria em transações e estratégia da KPMG no Brasil, Afonso Silva.