Natalie Unterstell, do Talanoa: 'Transição energética exige compromisso público e privado'

Seminário LIDE | ESG reuniu líderes empresariais, ambientalistas e representantes do setor público para debater a crise climática e seus impactos nas cidades.

WhatsApp Image 2024-11-29 at 09.11.39Natalie Unterstell, keynote speaker e presidente do Instituto Talanoa. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)

O Seminário Ambiental | LIDE ESG reuniu líderes empresariais, ambientalistas e representantes do setor público para debater a crise climática e seus impactos nas cidades nesta sexta-feira (29), na CASA LIDE, em São Paulo. O evento, transmitido ao vivo pela TV LIDE, abordou questões urgentes como financiamento climático, adaptação urbana e transição energética. Roberto Klabin, curador do LIDE Sustentabilidade, destacou a necessidade de preparar as cidades para eventos extremos.

“A adaptação é inevitável. Não se trata de catastrofismo, mas de buscar soluções para minimizar os impactos já presentes em nossas vidas e negócios”, afirmou Klabin, reforçando que o setor empresarial precisa liderar iniciativas resilientes.

Natalie Unterstell, keynote speaker e presidente do Instituto Talanoa, trouxe uma análise profunda sobre os resultados da COP 29 e as expectativas para a COP 30, que será realizada no Brasil. Ela enfatizou a importância de acelerar a transição energética e destacou o contraste entre o avanço das energias renováveis e a expansão dos combustíveis fósseis no Brasil. Natalie também apontou a necessidade de mais investimentos privados em adaptação climática.

“Adaptar-se não é só papel do setor público. Empresas podem e devem explorar inovações, como seguros climáticos e modelos resilientes na agricultura e turismo”, explicou.

WhatsApp Image 2024-11-29 at 09.40.22Vinícius Maciel, da Ambipar. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)

Alexandre Bossi, da SOS Pantanal, e Otacílio Nascimento, da Fundação Toyota, reforçaram a importância do papel do setor privado no financiamento e execução de soluções climáticas. Bossi destacou que o capital privado será crucial para resolver os desafios ambientais, citando o exemplo de setores como energia solar e carros elétricos, que já se tornaram economicamente viáveis. Nascimento, por sua vez, compartilhou os esforços da Toyota na democratização de tecnologias limpas, como veículos híbridos flex movidos a etanol, que reduzem emissões em até 70% comparados a modelos convencionais.

Vinícius Maciel, da Ambipar, trouxe à discussão o papel do mercado de carbono e a necessidade de incluir soluções baseadas na natureza nas negociações climáticas. Ele também defendeu que a COP 30, realizada no coração da Amazônia, seja uma “COP do Brasil”, focada nas demandas do Sul Global.

WhatsApp Image 2024-11-29 at 09.40.35Alexandre Bossi, da SOS Pantanal. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)

Por sua vez, Ricardo Kasper, da Acciona, destacou a importância de traduzir compromissos climáticos em políticas públicas claras que incentivem a adoção de práticas sustentáveis no setor privado. Ele citou como exemplo a obra da Linha 6 do metrô de São Paulo, um projeto carbono neutro.

Encerrando o seminário, os debatedores convergiram na urgência de o Brasil exercer um papel de liderança global na COP 30. Além dos desafios logísticos de sediar o evento, como destacou Natali, há uma expectativa de que o país deixe uma marca significativa ao apresentar soluções concretas para adaptação e transição climática.

"Não basta sediar. Precisamos ser protagonistas, levando ao mundo exemplos reais de como combinar desenvolvimento econômico e sustentabilidade", concluiu Klabin.

WhatsApp Image 2024-11-29 at 08.57.33Roberto Klabin, curador do LIDE Sustentabilidade. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)

O Seminário Ambiental | LIDE ESG teve patrocínio da Acciona, Ambipar Group, Shell e Toyota. Os mídia partners são Grupo Jovem Pan, Jovem Pan News, Revista LIDE e TV LIDE. Os fornecedores oficiais do evento são 3 Corações, Ambipar Group, Natural One e Águas Prata. Os operadores da CASA LIDE são Netglobe, RCE Dighital, TCL Semp e The Led.