Seminário destaca diversidade racial como motor de inovação e crescimento econômico
Organizado pelo LIDE Equidade Racial e sob a curadoria de Ivan Lima, o encontro trouxe debates sobre os desafios e oportunidades para a promoção da inclusão racial como um pilar essencial para o crescimento econômico e social do país.
Inês Coimbra, procuradora-geral do Estado de São Paulo. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
Equidade racial como estratégia de desenvolvimento foi o tema central do Seminário LIDE | Equidade, realizado na última terça-feira (18), na Casa LIDE, em São Paulo. O evento reuniu lideranças do setor público, privado e do terceiro setor para discutir como a diversidade pode impulsionar a inovação e fortalecer a competitividade do Brasil. Organizado pelo LIDE Equidade Racial e sob a curadoria de Ivan Lima, o encontro trouxe debates sobre os desafios e oportunidades para a promoção da inclusão racial como um pilar essencial para o crescimento econômico e social do país.
O evento contou com dois painéis principais que abordaram a equidade racial sob diferentes perspectivas: o primeiro painel, intitulado “Transformando desafios em oportunidades: a equidade racial como pilar estratégico no setor público, privado e terceiro setor”, e o segundo painel, “Diversidade que gera impacto: inovações e perspectivas para o Brasil”. Entre os participantes estavam personalidades como Luiz Fernando Furlan, chairman do LIDE; Inês Coimbra, procuradora-geral do Estado de São Paulo; Regina Santana, secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo; Rachel Maia, CEO da RM Cia 360; Raphael Vicente, diretor-geral da Iniciativa Empresarial pela Igualdade; Gesner Oliveira, sócio da GO Associados; Preto Zezé, presidente da CUFA-RJ; Carlos Prado, presidente da Tour House; Viviane Mansi, diretora de Relações Corporativas da Diageo; Maurício Pestana, jornalista e diretor da Revista Raça; AD Junior, comunicador e empresário; e Manoel Soares, embaixador da União Africana.
Rachel Maia, CEO da RM Cia 360. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
Equidade racial como pilar de transformação
No primeiro painel, Inês Coimbra, procuradora-geral do Estado de São Paulo, destacou as políticas afirmativas implementadas na Procuradoria Geral do Estado, como a adoção de cotas raciais no concurso público de 2023. Segundo ela, essas ações são fundamentais para garantir maior representatividade no sistema de justiça e refletem diretamente na eficiência da administração pública. “Não há gestão eficiente sem amplitude de horizonte”, afirmou.
A advogada Dione Assis, fundadora da Black Sisters in Law, reforçou a necessidade de iniciativas concretas no setor privado para garantir oportunidades a profissionais negros. Rachel Maia, CEO da RM Cia 360, enfatizou que a equidade racial deve ser encarada como um fator estratégico para as empresas, ressaltando que ampliar a diversidade nos quadros corporativos é uma vantagem competitiva e um motor de inovação.
Raphael Vicente, da Iniciativa Empresarial pela Igualdade, trouxe dados sobre o impacto positivo da diversidade racial na economia e defendeu a adoção de indicadores e métricas para acompanhar a evolução das políticas afirmativas dentro das empresas. O economista Gesner Oliveira complementou a discussão ressaltando a necessidade de mensurar o impacto dessas iniciativas e a importância da equidade racial dentro da governança corporativa.
O segundo painel trouxe à tona a importância da equidade racial no setor empresarial e seu impacto na inovação. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
Diversidade como fator estratégico para o crescimento do Brasil
O segundo painel trouxe à tona a importância da equidade racial no setor empresarial e seu impacto na inovação. Maurício Pestana, da Revista Raça, pontuou que a diversidade deve ir além do discurso e ser implementada com políticas reais. Viviane Mansi, da Diageo, reforçou que a equidade não pode ser tratada apenas como uma tendência, mas como um compromisso permanente das empresas.
Carlos Prado, presidente da Tour House, destacou que a equidade racial não é um favor, mas um fator essencial para o crescimento econômico sustentável. Ele anunciou a meta da empresa de atingir 50% de profissionais negros em todos os níveis hierárquicos até 2030. Já Preto Zezé, da CUFA, enfatizou o potencial das comunidades periféricas e a necessidade de investimentos concretos para transformar a realidade econômica do país. “A favela é potência, não carência”, declarou.
Viviane Mansi, da Diageo, reforçou que a equidade não pode ser tratada apenas como uma tendência. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
O comunicador e empresário AD Junior abordou a importância da representatividade na mídia e criticou a baixa presença de profissionais negros em cargos de liderança nos meios de comunicação. “Não queremos só inclusão simbólica, queremos participação ativa e oportunidades reais”, afirmou.
Por fim, Manoel Soares, embaixador da União Africana, encerrou o painel reforçando que a equidade racial deve ser vista como um motor de progresso e não apenas como uma questão social. “Precisamos parar de tratar a equidade como concessão e começar a enxergá-la como um diferencial competitivo”, concluiu.
O Seminário LIDE | Equidade teve patrocínio de Ambipar e Bayer, com apoio de Tour House. Os parceiros de mídia são Grupo Jovem Pan, Jovem Pan News, Revista LIDE e TV LIDE. Os fornecedores oficiais foram 3 Corações, JK Estética Avançada, Natural One e Prata. Os operadores de tecnologia da CASA LIDE são Netglobe, RCE, TCL Semp e The Led.