Indústria e Academia apontam, juntas, caminhos para o futuro da inovação

Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), liderada pela CNI, se reúnem com instituições de pesquisa e universidade no SENAI Cimatec, em Salvador.

Existem vários caminhos já pensados para que ciência, tecnologia e inovação avancem no Brasil. Uma das estratégias que vem se intensificando a cada ano é a aproximação e parceria entre academia e institutos de pesquisa e o setor industrial. Por isso, a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), reuniu em Salvador estes atores importantes. A intenção é pensar em caminhos e passos práticos para se avançar na inovação no país. O consenso entre especialistas e empresários é que a ação precisa ser imediata. 

“O que mais queremos na indústria é ter e aumentar mais essa cumplicidade entre todos os setores que produzem ciência, tecnologia e inovação. Precisamos unir cada vez mais academia, empresas, universidades, governo e entidades industriais, como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), para cobrir este grande hiato no desenvolvimento do Brasil”, afirmou Ricardo Alban, presidente da Federação das Indústrias da Bahia (FIEB), na abertura do encontro realizado no SENAI Cimatec, nesta quinta (24).

Participaram da abertura Horácio Piva, membro do conselho de administração da Klabin; Evaldo Ferreira Vilela, presidente do CNPq e Paulo Alvim, ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações. 

Alban defendeu ainda que não existe economia sustentável sem uma indústria vigorosa. “Temos de mitigar este atraso na área da ciência, tecnologia e inovação. Não podemos ter um novo atraso no desenvolvimento de ciência aplicada. Precisamos trabalhar juntos para sermos mais efetivos. Podemos fazer mais para construir o mais rápido possível um futuro melhor”, completou.

O presidente da FIEB, Ricardo Alban, defendeu ações rápidas e consistentes para o Brasil avançar na agenda de inovação

Os caminhos para o desenvolvimento de C,T&I foram discutidos ao longo do dia nos seguintes painéis:

1. O PAPEL ESTRATÉGICO DA C,T&I PARA O DESENVOLVIMENTO DO BRASIL 

• A importância da C,T&I para o fortalecimento da indústria, Horácio Piva, membro do conselho de administração da Klabin 
• Contribuições da ciência para o desenvolvimento tecnológico e a inovação no Brasil, José Luís Gordon, diretor-presidente da Embrapii 
• Como fazer para que os investimentos em C,T&I tenham mais impacto econômico e social, Luiz Eugênio Mello, diretor científico da Fapesp
Moderadora: Gianna Sagázio, diretora de inovação da CNI

2. A NATUREZA DO ECOSSISTEMA DE C,T&I

• Ciência básica como base de inovações disruptivas, Leone Andrade, reitor do Centro Universitário SENAI CIMATEC 
• Ciência aplicada e desenvolvimento tecnológico, Cláudia Caparelli, diretora do IPT Open
• Inovação como estratégia de competitividade, Roseli Mello, diretora de inovação da Natura
Moderador: Luiz Roberto Liza Curi, presidente do CNE

3. RECOMENDAÇÕES PARA UMA AGENDA NACIONAL DE C,T&I ANCORADA NA INTEGRAÇÃO UNIVERSIDADE-EMPRESA 

• Bernardo Gradin, CEO da GranBio 
• Evaldo Ferreira Vilela, presidente do CNPq 
• Helena Nader, presidente da ABC 
• Renato Janine Ribeiro, presidente da SBPC 
• Gianna Sagazio, diretora de inovação da CNI