Alemanha adere à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza
Governo alemão espera contribuir com a promoção da agricultura sustentável e com reforço das redes de segurança social.
Olaf Olaf Scholz, chanceler alemão, durante conferência realizada em Hamburgo. (Foto:Hamburg Sustainability Conference/Divulgação)
A Alemanha aderiu à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (07.10), durante a Conferência de Sustentabilidade de Hamburgo. A proposta é uma das prioridades da presidência brasileira no G20 e visa canalizar recursos para programas eficazes que reduzam a fome e a pobreza – dois Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Com a adesão, o governo alemão espera contribuir com a promoção da agricultura sustentável e com reforço das redes de segurança social, tais como políticas de salário mínimo. Além disso, a Alemanha está colocando as ferramentas desenvolvidas no âmbito da Aliança Global para a Segurança Alimentar, lançada pela ministra Svenja Schulze em 2022, à disposição da proposta brasileira trabalhada na presidência do G20.
Essas ferramentas, promovidas em colaboração com o Banco Mundial, incluem planos nacionais de preparação para a segurança alimentar e nutricional em 25 países e um painel de dados de coordenação global que fornece informações em tempo real sobre a situação alimentar mundial.
“Estamos muito honrados com a adesão da Alemanha e estendemos o convite a outros países e instituições para que, já em novembro, durante a Cúpula do G20, a Aliança nasça com as parcerias que a tornem realmente global”, comentou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. “Nossa proposta é simples e voltada à ação: uma aliança para implementar políticas sociais bem desenhadas e focadas nos mais pobres e vulneráveis”, completou.
Aliança Global
A missão da Aliança Global será, desde o seu lançamento até 2030, apoiar e acelerar os esforços para erradicar a fome e a pobreza, ODS 1 e 2. Além disso, buscará reduzir as desigualdades e contribuir para revitalizar parcerias globais para o desenvolvimento sustentável e para a realização de outros ODS interligados, ao defender caminhos de transição sustentáveis, inclusivos e justos. A Aliança está aberta a governos, organizações internacionais, instituições de conhecimento, fundos e bancos de desenvolvimento, e instituições filantrópicas.
“Nós sabemos como eliminar o flagelo da fome e da pobreza. Temos, no mundo, todos os recursos financeiros e o conhecimento de que precisamos. É um objetivo plenamente realizável”, defendeu Wellington Dias. “Só precisamos construir a disposição política, mobilizar esses recursos de forma consistente onde estejam em abundância, e canalizá-los para os que mais precisam. Essa é exatamente a proposta da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, concluiu.