JSL amplia resultados no 4T22 e tem recorde em novos contratos e aumento do lucro líquido

EBITDA registrou aumento de 44,9% no 4T22 em relação ao 4T21, chegando a R$ 319,2 milhões; no ano, alta foi de 62,4%, atingindo R$ 1,1 bilhão.

jsl-A empresa teve alta de 38,1% na  receita líquida de serviços em comparação ao ano passado. (Foto: Divulgação)

Em 2022, a JSL, empresa líder no setor de logística, obteve receita bruta de R$ 7,1 bilhões, valor 38,6% maior do que o registrado em 2021. Outro destaque foi o EBITDA, que registrou alta de 62,4%, chegando a R$ 1,1 bilhão. O 4T22 também alcançou resultados excelentes, com receita bruta de R$ 2 bilhões, crescimento de 24,3% em comparação ao 4T21, enquanto o EBITDA teve alta de 44,9% no período, marcando R$ 319,2 milhões, e a margem EBITDA, o recorde de 19,9% no trimestre e 18,7% no ano.

No ano, a receita líquida de serviços foi de R$ 5,8 bilhões, alta de 38,1% sobre 2021. No 4T22, atingiu R$ 1,6 bilhão, valor 23% maior em relação ao 4T21. Mesmo quando comparado ao 3T22, sazonalmente um trimestre mais forte, a empresa cresceu 2,3%. “O crescimento anual da receita líquida reflete nossa capacidade de execução e implantação de novos contratos, austeridade na revisão de custos, além da assertividade de nossa estratégia de diversificação de portfólio, com a incorporação de Marvel, Rodomeu e TPC em 2021 e Truckpad em 2022”, destaca Ramon Alcaraz, CEO da JSL.

Mesmo em um ambiente de taxas de juros elevadas, que impactaram as despesas financeiras e, consequentemente, o lucro líquido, a Companhia reportou um lucro líquido ajustado de R$ 110 milhões no 4T22, crescimento de 73,8% na comparação com o 4T21, e no ano, foi de R$ 223,5 milhões, em linha com o ano anterior.

“Crescemos organicamente, trabalhando com margens consistentes e preservando uma estrutura de capital robusta. Essa disciplina e determinação reforçam nossos pilares estratégicos e sustentam o plano de crescimento da JSL. Contamos com uma posição sólida para capturar oportunidades em um mercado focado na busca por qualidade e confiabilidade de execução”, aponta Guilherme Sampaio, CFO da JSL.

Volume expressivo de novos contratos

O total de novos contratos fechados em 2022 bateu o recorde de R$ 6 bilhões, com prazo médio de 50 meses, sendo 93% de cross-selling. Esse montante está 50% acima do volume de novos negócios celebrados ao longo de 2021, quando anotou R$ 4,1 bilhões. Em relação aos segmentos de operações, 62% dos acordos referem-se a Operações Dedicadas, 18% a Transporte de Cargas, 10% a Distribuição Urbana, e 10% a Armazenagem.

Já no 4T22, os novos contratos somaram mais da metade do valor anual: R$ 3,3 bilhões com prazo médio de 55 meses, reforçando o compromisso da empresa com a geração de receita futura. No período, a quantia de R$ 2,2 bilhões se refere ao setor de papel e celulose, “Destacamos também novos projetos no setor de siderurgia e mineração e automotivo. Por segmentos, 83% dos novos contratos do último trimestre se enquadram em Operações Dedicadas, 14% em Armazenagem, 2% em Transporte de Cargas e 1% em Distribuição Urbana”, observa Ramon Alcaraz.

Diversificação: estratégia para crescer

O ano evidenciou a assertividade da estratégia de crescimento da companhia, com ganho relevante de novos contratos e a consolidação das seis empresas do grupo desde o IPO (Fadel, Marvel, Rodomeu, TPC, Transmoreno e TruckPad). “Nosso crescimento inorgânico sempre esteve pautado na compra de empresas de alta qualidade, que se beneficiariam da escala e estrutura da JSL para trazer diversificação ao portfólio, seja com novos serviços, indústrias ou clientes”, destaca Guilherme Sampaio.

Ao adicionar diversificação às soluções logísticas oferecidas, as empresas do grupo contribuem com o crescimento da companhia e ampliam as oportunidades com novos serviços e possibilidades de avançar em outras indústrias e clientes. Reflexo da sinergia entre especialização e escala, a receita bruta de serviços combinada teve alta de 22% no 4T22 em relação ao mesmo período de 2021, e no ano, o crescimento foi de 25%.

Os avanços operacionais, aliados à confiabilidade em seus serviços, levaram à expansão da receita proveniente das operações internacionais, que representou 4% do total em 2022. Destacamos que as atividades na África do Sul, realizadas pela Fadel, devem ter um crescimento expressivo de sua participação em 2023, por conta da operacionalização completa no contrato.

Visão dos analistas

Os analistas recomendam a compra das ações da companhia e destacam o ótimo desempenho no 4T22. Para Pedro Bruno, da XP investimentos, as melhorias operacionais foram “alcançadas através de um forte gerenciamento de custos”, enquanto Victor Mizusaki, do Bradesco BBI revela que a “melhoria da margem EBITDA surpreende o mercado e alta nas receitas de 25% são os destaques” do trimestre. Já Daniel Gasparete, do Itaú BBA, diz que o “resultados operacionais fortes e ganhos fiscais trouxeram uma surpresa de um bom lucro líquido para a companhia”. Luiz Peçanha, do Banco Safra, nota que “a JSL teve uma expansão de margens, mesmo com um aumento de custos na comparação anual”.

Segundo Lucas Marquiori, do BTG, a empresa “entra em 2023 com perspectivas sólidas de crescimento”, mesma opinião de Guilherme Mendes, do JPMorgan, que espera “uma performance positiva das ações e que a JSL continua movimentando com múltiplos atrativos no mercado”. Lucas Daniel, do EQI, comenta que “o forte crescimento de volume fundamenta nossa tese de investimento de consolidação, uma vez que a JSL apresenta crescimento acima do setor logístico”.

Agenda ESG

Pelo segundo ano consecutivo, a JSL melhorou o desempenho na avaliação da Carbon Disclosure Project (CDP), organização sem fins lucrativos com o maior banco de dados sobre ações ambientais promovidas por empresas em todo o mundo. A companhia registrou nota B, classificação superior à de 2021, quando obteve B-. Além disso, a avaliação está acima das médias global e do setor de transporte.

No período, a companhia lançou a 3ª edição do Mulheres na Direção. O programa foi realizado em parceria com a Suzano, em Mucuri (BA), com o objetivo de selecionar mulheres para assumir a função de operadoras de empilhadeira. As selecionadas receberam treinamento teórico e formação prática, sendo efetivadas após a experiência como trainees.