KPMG: fusões e aquisições de mídia e telecomunicações sobem 69%

Os números mostraram que o mercado doméstico continuou aquecido, mesmo no período de pandemia.

antena_comunicaçãoOs números mostraram que o mercado doméstico continuou aquecido. (Foto: Agência Brasil)

O Brasil registrou 22 fusões e aquisições de empresas de mídia e telecomunicações no 1S21, um aumento de 69% na comparação com o 1S20, quando 13 transações desse tipo foram realizadas nesses setores. Das 22 operações no 1S21, 16 foram domésticas, 5 do tipo CB 1 e 1 do tipo CB 4. Os dados são de uma pesquisa exclusiva da KPMG sobre fusões e aquisições com 43 setores da economia brasileira. De acordo com o material, os setores com maior quantidade de transações desse tipo no 1S21 foram os seguintes: Empresas de Internet (268), Tecnologia da Informação (131) e Instituições Financeiras (92).

"A pesquisa da KPMG também evidencia que o Brasil registrou o melhor semestre dos últimos dez anos em fusões e aquisições. As empresas brasileiras realizaram 804 operações de fusões e aquisições no 1S21, um aumento de mais de 55% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram fechados 514 negócios", afirma Márcio Kanamaru, sócio-líder de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da KPMG no Brasil.

"Os números mostraram que o mercado doméstico continuou aquecido, mesmo no período de pandemia. Com a retomada gradativa da economia observada no primeiro semestre deste ano, as empresas têm buscado opções aqui no Brasil para poder crescer. Acreditamos também que muitas operações ficaram represadas no ano passado devido ao momento de incertezas e estão sendo concretizadas este ano. Por isso, tivemos um primeiro semestre tão aquecido, o que indica que estamos em uma fase de recuperação", analisa o sócio da KPMG e coordenador da pesquisa, Luís Motta.

Com relação ao tipo de transação concretizada nos primeiros seis meses deste ano, 524 foram do tipo doméstica (ou seja, realizada entre empresas brasileiras) e 256 do tipo CB1 (estrangeiro adquirindo empresa Brasil). "Foi o melhor semestre da história tento para as transações domésticas quanto para as transações CB1 desde o início da nossa pesquisa".