Paulo Wanderley, do COB: Brasil se prepara para ser uma potência olímpica
Mas ainda não será nas Olimpíadas de Paris, segundo o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Ele participou do Seminário LIDE | Esportes, que debateu as chances nos jogos deste ano.
Presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderle. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
O presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley, afirmou que o país não deve estar entre as 10 nações com mais medalhas em Paris, na França, mas se prepara para se tornar uma potência nos próximos anos. Ele participou do Seminário LIDE | Esportes, na Casa LIDE, em São Paulo. O evento debateu as chances brasileiras nos próximos jogos olímpicos e paralímpicos.
"Temos o projeto para preparar a próxima geração de atletas, e a previsão para nos tornarmos uma potência, mas não é para agora. Leva tempo. Para ser uma potência é necessário estar no top 10, entre os mais de 260 países competidores", disse o presidente do COB.
Paulo Wanderley explicou que o Brasil tem superado as conquistas das últimas edições. "O nosso progresso deve ser medido de várias formas. Pode ser mais uma medalha de ouro. Pode ser mais uma medalha em uma modalidade. Pode ser uma mais uma medalha no quadro geral. O importante é que entendamos esse processo, analisemos os dados e busquemos dar condições aos nossos atletas".
Atleta olímpico e empresário Flávio Canto, presidente do Instituto Reação. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
O jornalista Guilherme Costa, produtor de Esportes Olímpicos da Rede Globo, acredita que o Brasil tem condições de se tornar uma potência daqui 10 a 15 anos. "É um trabalho de longo prazo. Na minha projeção, teremos 22 medalhas esse ano, uma a mais que os jogos anteriores. Hoje, já há uma base de sustentação que pode preparar os atletas, mas é preciso, sim, olhar focado e mais investimento".
O atleta olímpico e empresário Flávio Canto, presidente do Instituto Reação, disse que para ampliar o alcance nos jogos, é indispensável trabalhar na formação de base. "E não somente ir direto ao esporte. Temos de pensar num todo, na educação daquela criança ou adolescente para ela se torne bem-sucedido na sua transição de carreira. Temos de pensar no contexto e dar acesso para que o resultado exista".
Gestor de Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), Emerson Appel. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
Para o gestor de Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), Emerson Appel, os clubes contribuem para esse papel de formar cidadãos e atletas. "O nosso papel social vai muito além das instituições. Somos responsáveis por acolher, treinar e ofertar material. São eixos de investimentos que contribuem para o desenvolvimento daquele atleta, que passa a se preparar para o futuro de uma maneira sustentável".
O CEO da IMM Esportes e Entretenimento, Alan Adler, responsável pela produção do GP de São Paulo e o Rio Open de Tennis, lembrou que a realização de grandes eventos no Brasil incentiva a prática esportiva profissional. "A partir do momento que a gente passou a realizar o Rio Open, quantas quadras de tênis começaram a existir no país? Este um exemplo. Não podemos deixar que perder essas oportunidades".
CEO da IMM Esportes e Entretenimento, Alan Adler. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
Credibilidade
O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, disse que a credibilidade conquistada pelo CPB ao longo dos últimos jogos deve-se à inclusão. "A trajetória é recente. Ainda não é o suficiente, claro, mas conseguimos bons resultados. Grandes pessoas se tornaram grande atletas, pois houve a chance de participação e a possibilidade de se desenvolver e crescer junto ao que acreditamos".
O presidente do Comitê Brasileiro de Clubes Paralímpicos (CBCP), João Batista Carvalho, apresentou a consolidação do CPB e do CBCP a partir do empenho de diversos entes. "O nosso comitê é uma nova janela de oportunidade para tornar o esporte paralímpico brasileiro uma referência global em inclusão e oportunidade para aqueles que querem participar de uma transformação histórica".
Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
A empresária Célia Leão, ex-deputada e ex-secretária de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo, lembrou que a inclusão é tornar a sociedade justa. "A gente precisa lembrar que as pessoas são diferentes. Portanto, faz parte do nosso papel lembrar e incluir. Enquanto empresários e gestores, temos de criar meios para as pessoas que precisam, atletas ou não, possam ter acessos".
A CEO da Universidade do Futebol, Heloisa Rios, e diretor do Pacto pelo Esporte, Hugo Scott, falaram sobre a importância do envolvimento com o setor produtivo para o incentivo ao esporte à formação de novos atletas de alto rendimento. O Seminário LIDE | Esportes teve a curadoria do velejador, medalhista olímpico e empresário Lars Grael.
Empresária Célia Leão, ex-deputada e ex-secretária de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
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