Setor financeiro se destaca pelas boas práticas de governança
Estudo realizado pela KPMG, por meio do Instituto ACI de Governança Corporativa, apontou que 100% das corporações do setor bancário e de seguros.
Fernanda Allegretti, sócia-diretora de mercado da KPMG e líder do Board Leadership Center. (Foto: Divulgação)
Estudo realizado pela KPMG, por meio do Instituto ACI de Governança Corporativa, apontou que 100% das corporações do setor bancário e de seguros avaliados na 17ª edição do “A Governança Corporativa e o Mercado de Capitais” possuem uma área dedicada ao gerenciamento de riscos e 96% delas têm uma auditoria interna que se reporta diretamente ao conselho de administração.
Outros itens da governança também se destacam, tais como: 62% realizam avaliação periódica e formal do conselho de administração, e 34% dos membros deste grupo são conselheiros independentes. Essas são as conclusões do recorte para o setor financeiro do estudo feito com base nos formulários de referência de 29 bancos e seguradoras - todos são companhias abertas no Brasil.
Segundo o levantamento, dentre as empresas avaliadas, 90% contam com um Comitê de Capital Humano, específico para assessorar o Conselho de Administração de forma estratégica e de mitigação de riscos. A pesquisa mostrou, também, que 72% das corporações da área financeira possuem ao menos uma mulher como conselheira administrativa.
“Os debates e as pressões por mais diversidade no ambiente corporativo continuam ganhando intensidade e, gradualmente, vemos a sua abrangência também nos conselhos de administração”, destaca a sócia-diretora de mercado da KPMG e líder do Board Leadership Center, Fernanda Allegretti.
Outro destaque é o avanço nas pautas relacionadas a meio ambiente, social e governança (ESG). As informações socioambientais são divulgadas por 76% das instituições do setor e são asseguradas por entidades independentes em 45% delas. Ainda sob essa perspectiva, a Iniciativa Global de Relatórios (GRI) é a estrutura de relatório de sustentabilidade mais adotada pelas organizações, com um total de 58% de empresas aderindo esse parâmetro.
“Esse recorte setorial é relevante considerando a representatividade e importância do setor bancário e de seguros. Além disso, uma estrutura efetiva de GRC traz confiança ao mercado sobre a estrutura existente para a condução dos negócios, na perpetuidade dessas instituições e, principalmente, na segurança dos recursos envolvidos. Sem dúvida, o setor financeiro tem um grande destaque na contribuição da evolução das práticas de governança corporativa brasileira e mundial e isso tem sido acompanhado ao longo desses 17 anos do nosso estudo”, afirmou o sócio da área de riscos e governança corporativa e CEO do ACI Institute da KPMG no Brasil, Sidney Ito.