Dimas Tadeu Covas: custo, tecnologia e falta de uma política industrial são barreiras no país

Diretor do Instituto Butantan debateu sobre a evolução do Sistema de Saúde com a diretora-geral da Sanofi Pasteur, Ana Garcia Cebrian, e a procuradora de Justiça no Ministério Público de São Paulo, Lidia Passos, no 9º Fórum LIDE da Saúde e Bem Estar.

735392d0-fc85-48b2-b18e-b71a14bf1398Dimas Tadeu Covas cirticou a falta de incentivo ao setor no país. (Foto: Kazuo Kajihara/LIDE)

O diretor do Instituto Butantan Dimas Tadeu Covas criticou o custo elevado e a burocracia para o desenvolvimento de vacinas no país. Ele participou do 9º Fórum LIDE da Saúde e Bem Estar, realizado nesta segunda-feira (16), onde debateu o acesso e a evolução ao sistema de saúde.

"Como vamos dar acesso aos brasileiros a 400 milhões de vacinas em 2021? A resposta revela nossa fragilidade em relação à disponibilidade ao sistema de saúde", disse Covas.

Para o diretor do Instituto Butantan, os entraves no sistema prejudicam o desenvolvimento do setor, tanto no aspecto público como o privado, e afastam a população do serviço básico.

"Existem muitas barreiras no país como o custo, a tecnologia, a falta de uma política industrial para o setor de medicamentos e o ambiente regulatório do Brasil", criticou.

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Ana Garcia Cebrian defendeu parcerias para suprir lacunas no setor. (Foto: Kazuo Kajihara/LIDE)

A diretora-geral da Sanofi Pasteur, Ana Garcia Cebrian, acredita que a formalização de acordos pode surprir eventuais lacunas e entraves que interfiram no setor. Segundo ela, a "guerra da cobertura vacinal" é uma realidade mundial.

"As parcerias são fundamentais para se criar uma vacina em tempo recorde. A colaboração é fundamental não somente para criar uma solução, mas também distribuir a vacina", disse.

Para Ana Garcia, o desenvolvimento no setor de saúde tem papel fundamental para resolver de maneira ágil problemas locais e globais, como uma pandemia.

8432f3ad-2f77-4a85-a153-8befba64e131Lidia Passos: importante investir em alternativas de atuação jurídica. (Foto: Kazuo Kajihara/LIDE)

A procuradora de Justiça no Ministério Público de São Paulo, Lidia Passos, defendeu a desburocratização do setor e a importância do paciente em saber os direitos em meio a um tratamento, independentemente das áreas pública ou privada.

"Devemos investir em outros instrumentos alternativos de atuação jurídica e não na ação judicial. Devemos trabalhar para qualificar a judicialização, esse é o papel do operador jurídico", afirmou.