"Telemedicina como ferramenta isolada não é suficiente", defende Fernando Pedro
Diretor-médico da Amil debateu sobre inteligência artificial e telemedicina com o médico Sidney Klajner, presidente da Sociedade Beneficente Israelista Brasileira Albert Einstein, no 9º Fórum LIDE da Saúde e Bem-Estar.
Fernando Pedro debateu sobre inteligência artificial e telemedicina. (Foto: Kazuo Kajihara/LIDE)
O diretor-médico da Amil, Fernando Pedro, e o presidente da Sociedade Beneficente Israelista Brasileira Albert Einstein, Sidney Klajner, defenderam o uso da telemedicina e da inteligência artificial durante o 9º Fórum LIDE da Saúde e Bem-Estar. O evento ocorreu de maneira híbrida, em São Paulo, nesta segunda-feira (16).
"Nossa visão de futuro é uma rede conectada da saúde, com monitoramento de dados constante. A telemedicina como ferramenta isolada não é suficiente. A gente entende a telemedicina como uma ampliação e uma extensão dos serviços de saúde presenciais", defendeu Fernando Pedro.
Para o diretor-médico da Amil, é importante que os dados gerados pelo pacientes de maneira on-line contribuam diretamente para o atendimento presencial (off-line), assim como o inverso. Para Pedro, é indispensável, também, que médico saiba todos os limites das ferramentas que são disponibilizadas.
"É muito importante que a gente não minimize o efeito do julgamento humano. Defendemos que a inteligência artificial vai sintetizar os dados dos pacientes, mas ela também tem seus limites", explicou Fernando Pedro.
Sidney Klajner: transformação digital para associar informações. (Foto: Kazuo Kajihara/LIDE)
O presidente do Albert Einstein, Sidney Klajner, disse que a medicina remota, apesar de ter se popularizado na pandemia, é uma maneira de entregar cuidado ao paciente de modo qualitativo e eficiente, garantindo diagnóstico precoce e o eventual monitoramento de casos crônicos.
"Para nós, a definição de telemedicina vai além do que um hardware ou dispositivo. É uma nova forma que busca a quádrupla meta, inserindo o valor para o paciente ao lado de conceitos de saúde populacional, redução do custo per capita e experiência do cuidado", defendeu.
Klajner entende que a telemedicina aproxima os pacientes dos médicos, que estarão cada vez mais disponíveis. Segundo ele, o atendimento virtual também pode ser humanizado e possibilita a prevenção.
"Que, no futuro, a gente possa usar a transformação digital para associar informação e uma série de dados".