A COP26 e o papel do setor privado

Empresas assumem compromisso de sustentabilidade durante encontro realizado em Glasgow.


COP26 levantou a necessidade de adaptações no mundo corporativo (Foto: Reprodução/Agência Brasil)

Um dos resultados da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas 2021 (COP26), encerrada em 12 de novembro, foi mostrar que o futuro do planeta não depende apenas de grandes ações governamentais, mas do comportamento e das ações de todos os setores econômicos em relação à sustentabilidade. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o setor privado desempenha papel fundamental da defesa do clima, por meio de soluções inovadoras para uma economia de carbono zero.  

Nas discussões em Glasgow, empresas instaladas ao redor do mundo firmaram compromissos para fomentar uma economia de baixo carbono e evitar que a temperatura global se eleve para além de 1,5°C, como estabelecido no Acordo de Paris.   

A secretária executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, Unfccc, Patrícia Espinosa, afirma que é necessário uma transformação profunda da economia mundial no caminho da sustentabilidade. O setor privado, segundo ela, deve fazer parte da transição. 

Para Espinosa, conforme declarações publicadas no site oficial das Nações Unidas, a iniciativa privada “está percebendo que os riscos climáticos são muito importantes para seus portfólios e precisam ser alinhados a uma forma mais sustentável de fazer as coisas”. 

Na mesma entrevista, a diretora-geral do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Inger Andersen, acrescenta que a nova aliança com o setor privado é “uma causa absolutamente essencial” em prol da sustentabilidade no planeta. 

As corporações começam a mostrar o resultado de suas ações. No caso da EY, por exemplo, a meta da empresa, em escala global, é reduzir as emissões totais de carbono em 40% e tornar-se líquido zero em 2025. Para isso, foram estabelecidas metas concretas em todos os países onde a empresa está presente, tais como: reduzir viagens de negócios em 35%; reduzir o consumo de energia elétrica nos escritórios e adquirir 100% de energia renovável para atender às necessidades dos espaços corporativos; prover às equipes da EY ferramentas que permitam calcular e ajudar a reduzir a quantidade de carbono emitida nos trabalhos com os clientes; investir em serviços e soluções que ajudem os clientes a reduzir a emissão de carbono em seus negócios, além de fornecer soluções para outros desafios e oportunidades voltadas à sustentabilidade.  

O compromisso da EY com a sustentabilidade integra sua estratégia denominada NextWave, cujo objetivo é criar valor de longo prazo aos clientes. Lançada em 2020, a NextWave apoia o propósito da EY de construir um novo mundo de negócios. Até porque acreditamos que o combate às mudanças climáticas é um elemento vital para a construção de um ambiente de trabalho melhor.  

Outra ação recente da EY Brasil foi tornar-se signatária da carta assinada por dirigentes de 107 grandes empresas nacionais e estrangeiras em que defendem o protagonismo do país na defesa do clima. “Desenvolvimento econômico e sustentabilidade podem e devem estar unidos. Não há mais sentido discutir uma agenda econômica dissociada da agenda ambiental”, afirma Luiz Sérgio Vieira, CEO da EY Brasil. “O Brasil tem todas as condições de promover um ciclo virtuoso de interatividade entre o meio ambiente e as empresas, servindo de exemplo para o mundo todo”, completa Vieira. 

Fonte: Agência EY