Estevan Sartoreli: Dengo Chocolates expande seu modelo de impacto social para a Amazônia

Em sua linha amazônica, a Dengo estreia dois produtos: a Barra 70% Cacau da Amazônia e o Quebra-Quebra de Jaca com Pimenta Baniwa.

Estevan Sartorelli, CEO e cofundador da DengoEstevan Sartorelli, CEO e cofundador da Dengo. (Foto: Divulgação)

Setembro chega com uma grande novidade na Dengo Chocolates: a linha amazônica. A marca brasileira de chocolates bean-to-bar apresenta, pela primeira vez, produtos feitos com ingredientes da região. Os estreantes Barra 70% Cacau da Amazônia e o Quebra-Quebra de Jaca com Pimenta Baniwa estão disponíveis no site e lojas físicas.

De onde vem o cacau da Dengo até então? Há cinco anos no mercado, a chocolateria de alta qualidade, que combina prazer com propósito, iniciou suas atividades promovendo uma rede de pequenos e médios produtores de cacau no Sul da Bahia. Como?

  • Remunerando o produtor acima do valor de mercado por seu cacau de alta qualidade. No último ano, cada produtor de cacau recebeu, em média, 91% acima do valor de mercado para seu cacau de qualidade. O modelo de relacionamento da marca prevê prêmio de preço de 70% a 160% acima do valor de mercado, a depender da qualidade do cacau. Nos últimos 2 anos, os produtores da região baiana já acumulam melhoria de 33% na renda média mensal.
  • Capacitando boas práticas de processamento de cacau de qualidade gratuitamente.

Hoje, o negócio de impacto social da Dengo conta com um cacau de alta qualidade, rastreável, e com mais de 160 famílias produtoras envolvidas no projeto. Vale reforçar que a Dengo nasceu na Bahia e segue com seu firme compromisso de ampliar o fornecimento de produtores no Sul da Bahia. O objetivo de atuar também em outra região produtora de cacau no Brasil é identificar e revelar outras notas e sabores do cacau brasileiro de alta qualidade.

Após validação de seu modelo de relacionamento com produtores nestes primeiros anos da marca, a Dengo expande agora o seu modelo de impacto social para a região amazônica. Atualmente o Pará, principal estado produtor na região Norte, é o segundo maior produtor brasileiro de cacau, segundo dados da Associação da Indústria Processadora de Cacau (AIPC,2021). Para a Dengo, não existe forma de fazer chocolate sem honrar ao que a natureza nos oferece em abundância, retribuindo o cuidado a ela. E com o orgulho de ter a Amazônia em território brasileiro, existe a importante necessidade de cuidar dela.

“Ao expandirmos o modelo de impacto social da Dengo para a Amazônia, damos um importante passo para a Dengo e para essa importante região produtora de cacau do Brasil. Da floresta até o consumidor, essa novidade nos conta uma verdade: não podemos fazer um chocolate com sabor de um mundo melhor sem nos lembrar que a Amazônia precisa ser cuidada e preservada”, conta Estevan Sartoreli, cofundador da Dengo Chocolates.

A Floresta Amazônia é berço do cacau do mundo. Estudos mais recentes mostram que a cerca de 5,5 mil anos o fruto dos deuses já se desenvolvia na Amazônia Equatoriana. Cerca de 1900 AC, o cacau foi levado para a Mesoamérica (atual América Central). Há registros de que entre 1500 AC e 400 AC, o cacau já era utilizado nos rituais, alimentação e cotidiano dos povos da região. Apenas no século 16, o cacau chegou à Europa e daí conquistou o mundo.

Assim como na Bahia, o cultivo do cacau da Dengo é feito em sistema agroflorestal, o que beneficia ainda mais o fruto. Na Bahia (Mata Atlântica) as notas sensoriais predominantes são frutas marrons, amendoado, cacau característico e amadeirado. No Pará (Amazônia) as notas sensoriais predominantes são frutas frescas e de maior suavidade.

Linha Cacau da Amazônia

A família de Belmiro e Delnize Faes e de Sarah e Robson Brogni são os nomes que iniciam a história da Dengo na região. São donos das primeiras mãos que cuidam do cacau que a Dengo traz da região. O resultado do árduo trabalho, repleto de carinho e dedicação, foram dois novos produtos.

O Chocolate Intenso 70% Cacau Amazônico (R$25,90, 80g) traz a variedade dentro do conceito da marca de apresentar produtos com mais cacau e menos açúcar. Sua embalagem encanta desde o primeiro contato, com uma ilustração feita artesanalmente que remete à Floresta Amazônica. “Essa barra 70% como cacau amazônico teve uma torra baixa e tem como principal característica as notas de frutas amarelas com acidez cítrica, textura aveludada e retrogosto amendoado”, comenta Luciana Lobo, chocolatière da marca.

DAN_7769Luciana Lobo, chocolatière da marca. (Foto: Reprodução)

Outro fato que precisa ser considerado ao contar sobre a Amazônia é a importância e presença das comunidades indígenas. Para homenageá-los, a marca escolheu a dedo a Pimenta Baniwa para compor o seu outro lançamento, o Quebra-Quebra de Jaca e Pimenta Baniwa (R$56,90 | 200g).

Os Baniwa fazem parte de um complexo cultural de 22 povos indígenas diferentes, de língua aruak, que vivem na fronteira do Brasil com a Colômbia e Venezuela, em aldeias localizadas às margens do Rio Içana e seus afluentes Cuiari, Aiairi e Cubate, além de comunidades no alto Rio Negro/Guainía e nos centros urbanos rionegrinos de S. Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel e Barcelos (AM). O cultivo de roças, entre os Baniwa, é uma prática milenar e de responsabilidade sobretudo das mulheres. A pimenta é uma importante fonte de renda para o público feminino Baniwa, protagonistas de toda a produção, ao todo são 78 espécies registradas. Elas utilizam o dinheiro para comprar produtos básicos para o dia a dia e para manter o bem viver nas comunidades.

“A união da iguaria regional com a jaca e com o chocolate mais intenso traz o ponto de equilíbrio entre o doce da fruta e o picante da pimenta, resultando em um sabor único e complexo”, conta Luciana Lobo, chocolatière da Dengo Chocolates. Tudo isso em uma linda embalagem inspirada em elementos da fauna e flora brasileira.

Sobre a Amazônia

A Amazônia é o lar de uma parcela notável da biodiversidade global conhecida.

• Contém 1/5 da Água Doce do Mundo

• Lar de 20% das espécies do planeta

• 20bi toneladas de água diariamente na atmosfera (Sourde IUCN)

A especialização e especiação ecológica na Amazônia ocorreram ao longo de milhões de anos sob as influências de elevações andinas, ciclos climáticos globais e heterogeneidade regional no clima, solos, disponibilidade de nutrientes e interações bióticas.

O cacau faz parte da solução para preservar e restaurar a Amazônia:

Usando as práticas de produção adequadas, o cacau agrega valor às florestas e se torna uma ferramenta de proteção.

A produtividade e a qualidade do cacau são aprimoradas quando ele coexiste em um modelo de combinação de espécies, e representa uma atividade lucrativa que pode gerar renda a longo prazo para os pequenos agricultores.

E quando a floresta é conservada e gera-se renda complementar em atividades lucrativas, há menos incentivo ao desmatamento!

A agrofloresta de cacau traz uma ampla gama de benefícios, como conservação da biodiversidade da flora e da fauna, estoques de carbono, preservação da umidade e fertilidade do solo e estímulo à precipitação, entre outros.

A restauração da terra por meio da agrofloresta de cacau traz benefícios ambientais significativos, como fertilidade e biodiversidade do solo - e, o mais importante: significa que os agricultores podem alcançar modelos de Desmatamento Zero.

Hoje existem 18.549 produtores de cacau na Amazônia brasileira