Louis Dreyfus Company usa biocombustível no primeiro transporte marítimo de suco com emissões de carbono neutralizadas

A companhia usou uma mistura de biocombustível B30 com combustível naval pela primeira vez para navegar do terminal da LDC em Ghent, Bélgica, até outro terminal da companhia em Santos.

2020-08-13_MV-Essayra-na-Bélgica-scaledUm dos navios modernizados de suco da LDC, o MV Essayra. (Foto: Divulgação)

A Louis Dreyfus Company B.V. (LDC) anunciou, nesta sexta-feira (29), a realização bem-sucedida de um teste de biocombustível executado em colaboração com a Wisby Tanker AB, Suécia (Wisby Tanker) em um dos navios modernizados de suco da LDC, o MV Essayra. A companhia usou uma mistura de biocombustível B30 com combustível naval pela primeira vez para navegar do terminal da LDC em Ghent, Bélgica, até outro terminal da companhia em Santos, Brasil, e voltar com uma carga completa de sucos de laranja não concentrado e concentrado congelado, por um período de 55 dias. 

“Como parte da jornada da LDC para ajudar a moldar uma economia de zero emissões de carbono, nós estamos comprometidos em contribuir para a descarbonização do setor marítimo por meio de uma série de ações e iniciativas, incluindo explorar soluções alternativas de combustível”, conta Sébastien Landerretche, Head Global de Frete da LDC.

“Resultado da coordenação entre as Plataformas de Soluções de Carbono, Frete e Sucos da LDC, bem como da Wisby Tanker, este primeiro teste bem-sucedido reflete a ambição e o conhecimento da LDC na área, e nossa abordagem colaborativa para lidar com a transição energética do setor.”

sebastian-landerretcheSébastien Landerretche, Head Global de Frete da LDC. (Foto: Divulgação)

Uma variedade de testes foi realizada durante toda a viagem da embarcação para medir o impacto da mistura de biocombustível B30 no sistema de combustível do navio e no desempenho geral. Os resultados mostraram que o B30 é um substituto mais limpo e prático para o VLSFO (Very Low Sulphur Fuel Oil/Óleo combustível com teor de enxofre ultrabaixo), reduzindo as emissões dos gases de efeito estufa (GEE) em cerca de 24%; ou seja, equivalente a 723 toneladas de CO2 (tCO2e).

A LDC compensou os 76% das emissões de GEE restantes da viagem por meio de créditos de carbono obtidos da sua Plataforma de Soluções de Carbono, tornando este transporte marítimo de suco de laranja o primeiro com emissões de carbono neutralizadas em nível mundial. Para isso, a LDC optou por utilizar um total de 2.262 tCO2e de créditos de carbono certificados por terceiros do Projeto Kariba REDD+, que protege mais de 785.000 hectares de florestas no Zimbábue, oferece suporte a comunidades locais e é certificado de acordo com os padrões de carbono reconhecidos internacionalmente. 

Além deste teste de biocombustível, a LDC está trabalhando em uma variedade de projetos de descarbonização, potencializando tecnologias como a propulsão a vento, solar, baterias e sistemas de lubrificação de ar, com o objetivo constante de aprimorar a eficiência da embarcação e reduzir as emissões de carbono do seu transporte.