Conselheiros avaliam que estratégia de negócio das suas empresas vai mudar
Inteligência artificial e IA generativa representam o fator que mais influenciará nessas mudanças previstas para os próximos anos, de acordo com os conselheiros de administração entrevistados por estudo da EY.
Inteligência artificial e IA generativa representam o fator que mais influenciará nessas mudanças previstas para os próximos anos. (Foto: Freepik)
Mais da metade dos conselheiros de administração (53%) atuantes no Brasil consideram que a estratégia de suas empresas não continuará a mesma nos próximos anos. Esse número é 14 pontos percentuais acima da média registrada nas Américas (39%). Os dados fazem parte do estudo “Prioridades dos Conselhos de Administração para 2025 nas Américas”, elaborado pela EY, com uma amostra brasileira formada por mais de 100 conselheiros.
A inteligência artificial e IA generativa aparecem como o fator que mais influenciará na mudança da estratégia, com 23% das respostas na amostra brasileira, assim como o aumento da concorrência e de novos entrantes no mercado, que recebeu a mesma porcentagem. Na sequência, com 21%, a pressão para crescer por meio de transações como M&As e joint ventures. Essas respostas estão relacionadas, ainda segundo o estudo, porque o uso da IA deve alterar a forma como as empresas interagem com seus clientes, modificando a estrutura de concorrência e possibilitando novos entrantes.
"Nesse contexto, será essencial o papel do Conselho de Administração como direcionador dessas mudanças e como suporte à administração, fazendo as perguntas corretas e acompanhando os resultados. Em um contexto econômico desafiador e com grandes tendências transformadoras em andamento, os Conselhos são fundamentais em seu papel de equilibrar o urgente com o importante, mensurando os riscos e as oportunidades", diz Andréa Fuga, sócia-líder de Avaliações, Modelagem e Consultoria Econômica da EY para América Latina.
Foco em inovação e novas tecnologias
Ainda segundo o estudo produzido pela EY, o tema prioritário para os colegiados neste ano é inovação e tecnologias emergentes (79%), seguido de alocação de capital (72%), segurança cibernética e privacidade de dados (70%), agenda de talentos (69%) e, na quinta posição, condições econômicas (67%). Na edição do ano passado, o primeiro lugar ficou com alocação de capital (81%), seguida de condições econômicas (80%), segurança cibernética e privacidade de dados (68%), inovação e tecnologias emergentes (62%) e agenda de talentos (53%).
O estudo “Prioridades dos Conselhos de Administração para 2025 nas Américas” foi realizado entre outubro e novembro de 2024, por meio de entrevistas com mais de 500 conselheiros de empresas abertas e fechadas de diversos portes em sete países (Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos e México).