KPMG aponta 3 objetivos para o desenvolvimento da IA de forma inclusiva e colaborativa
Proposta é mitigar a lacuna no acesso à inovação por meio de ações colaborativas.
Ricardo Santana, sócio-líder de inteligência artificial da KPMG no Brasil. (Foto: Divulgação)
A KPMG publicou um documento, em colaboração com a Aliança de Governança de Inteligência Artificial, do Fórum Econômico Mundial, que elenca três objetivos estratégicos para que governos, empresas e sociedade possam alcançar uma transformação bem-sucedida no uso deste recurso. As instruções são as seguintes: construção de uma infraestrutura de inteligência artificial sustentável, curadoria de dados de alta qualidade e estabelecimento de medidas de proteção para ética e segurança. O objetivo é promover o desenvolvimento da tecnologia de forma inclusiva e mitigar a crescente lacuna no acesso às inovações por meio de ações colaborativas.
A publicação intitulada “Plano para Economias Inteligentes: Competitividade da IA através da Colaboração Regional” (do inglês “Blueprint for Intelligent Economies: AI Competitiveness through Regional Collaboration") oferece ainda orientações práticas e exemplos de iniciativas bem-sucedidas em abordar desafios comuns.
“O documento busca auxiliar nações e regiões, independentemente do nível de maturidade de inteligência artificial, num cenário em que a adoção deste recurso continua sendo um desafio global e não há uma abordagem única para lidar com esses obstáculos. Estratégias nacionais ou regionais podem ser ferramentas eficazes para a elaboração e a implementação de iniciativas da tecnologia. Elas devem ser endossadas no mais alto nível para demonstrar um comprometimento com o sucesso a longo prazo”, afirma o sócio-líder de tecnologia, transformação digital e inovação da KPMG no Brasil e na América do Sul, Frank Meylan.
De acordo com o levantamento, para obter um acesso equitativo, a inteligência artificial requer o envolvimento ativo de usuários finais, empreendedores, empresas e administrações governamentais para descobrir as necessidades. A participação de membros da academia e sociedade civil também será indispensável para formação de talentos, desenvolvimento de economias inteligentes e para reforçar a necessidade de marcos regulatórios para a segurança e ética no uso da tecnologia.
“Essa cooperação é crucial para a criação de iniciativas e soluções que abordem as necessidades dos usuários e dos principais setores industriais, bem como para estimular o crescimento inovador. Além disso, outras iniciativas podem ser implementadas como os subsídios público-privados para ampliar o acesso a baixo custo, uso de bases de dados multilíngues, inclusivos e customizados de acordo com as necessidades apresentadas”, explica o sócio-líder de inteligência artificial da KPMG no Brasil, Ricardo Santana.