Luiz Tonisi, da Qualcomm: 'O futuro pertence às empresas que sabem transformar dados em decisões'
Em entrevista ao Show Business, Luiz Tonisi, presidente da Qualcomm na América Latina, sobre as perspectivas do setor e o impacto da inteligência artificial no nosso cotidiano.
Luiz Tonisi, presidente da Qualcomm na América Latina. (Foto: Divulgação)
A tecnologia evolui em uma velocidade impressionante, transformando a maneira como interagimos com o mundo. No centro dessa revolução, a Qualcomm se destaca ao desenvolver processadores e soluções para smartphones, carros, computadores e dispositivos conectados. Conversamos com Luiz Tonisi, presidente da Qualcomm na América Latina, sobre as perspectivas do setor e o impacto da inteligência artificial no nosso cotidiano.
Qual o papel da Qualcomm no cenário tecnológico global?
A Qualcomm é uma das principais empresas de inovação e tecnologia do mundo. Produzimos processadores que estão em smartphones, carros conectados e computadores, sempre buscando oferecer a melhor tecnologia possível. Nossa visão é clara: trazer o processamento mais próximo do usuário para melhorar a experiência e tornar a tecnologia mais acessível.
A inteligência artificial está apenas começando?
Sim, estamos apenas engatinhando. Hoje, a AI está na nuvem, mas o futuro é que ela rode diretamente nos dispositivos dos usuários – celulares, carros, câmeras e até eletrodomésticos. Isso torna tudo mais eficiente e seguro.
Qual foi a última descoberta tecnológica da Qualcomm?
Nos últimos anos, investimos em AI para que ela rode diretamente nos dispositivos, como celulares e carros, sem depender da nuvem. Isso melhora a experiência e reduz custos.
Como a Qualcomm se diferencia da concorrência?
Nossa abordagem sempre foi entrar em mercados estabelecidos com diferenciais claros. No setor de computadores, por exemplo, oferecemos melhor desempenho de bateria, capacidade avançada de inteligência artificial e segurança superior.
A Qualcomm investe em inovação no Brasil?
Sim, temos um portfólio de empresas de venture capital no Brasil, incluindo quatro unicórnios. Além disso, um a cada três celulares na América Latina usa Snapdragon, e mais de 50% dos carros híbridos e elétricos rodam com nossa tecnologia.
Qual é o limite da inteligência artificial?
O limite é a experiência humana. A tecnologia deve sempre servir às pessoas, e o nosso objetivo é garantir que ela seja uma aliada, não uma ameaça.
O que esperar do futuro da tecnologia nos próximos anos?
A forma como interagimos com dispositivos mudará. A voz será a principal interface, e teremos agentes pessoais que aprenderão com o usuário para antecipar suas necessidades.
Quais são os próximos investimentos e aquisições da Qualcomm?
Temos um portfólio forte de venture capital, incluindo startups brasileiras. Nossa meta é que, até 2029, metade do faturamento venha de segmentos como IoT, automotivo e computação.