Antonio de Aguiar Patriota: 'Há grande potencial de crescimento das nossas exportações agrícolas para o Reino Unido'
Embaixador do Brasil no Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte analisa o potencial das relações econômicas, culturais e diplomáticas entre as nações.
Antonio de Aguiar Patriota,Embaixador do Brasil no Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte. (Foto: Divulgação)
A agenda comercial entre Brasil e Reino Unido tem perfil positivo e relevante, mas ainda modesto em relação ao seu potencial. Em 2023, a corrente de comércio entre os dois países totalizou USD 6,14 bilhões, com um superávit para o Brasil de USD 488 milhões. As nações estão entre as dez maiores economias do mundo (o Reino Unido ocupa a 6ª posição, enquanto o Brasil, a 8ª). Ambos os países possuem setores produtivos diversificados e modernos, com destaque para o agronegócio e o setor de serviços no Brasil, e para os setores financeiro e de produtos químicos no Reino Unido.
Dado que a segurança energética e a segurança alimentar são dois dos principais desafios do século 21, a parceria entre Brasil e Reino Unido tem grande potencial para contribuir significativamente nessas áreas. A matriz energética brasileira é uma das mais limpas do mundo: 84% da eletricidade gerada no Brasil em 2022 advém de fontes renováveis, com destaque para a energia hidrelétrica, que representa 55% da matriz elétrica.
Designado o embaixador do Brasil junto ao Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte em 2023, Antonio de Aguiar Patriota, foi embaixador do Brasil na República Árabe do Egito (2019-2023) e na Itália (2016-2019), além de representante permanente junto às Nações Unidas (2013-2016). Foi ministro das Relações Exteriores (2011-2013), secretário-geral das Relações Exteriores (2009-2010) e embaixador do Brasil nos Estados Unidos (2007-2009). Nesta entrevista, o diplomata detalha a força da cooperação mútua entre os dois países e como as boas relações tendem a criar um cenário propositivo para os negócios.
Na área comercial e de atração de investimentos, podemos definir grandes áreas de interesse britânico no Brasil?
Há grande potencial de crescimento das nossas exportações agrícolas para o Reino Unido. Após o Brexit, o Reino Unido passou a revisar as barreiras agrícolas herdadas da União Europeia, abrindo a possibilidade para o aumento de exportações brasileiras de produtos do agronegócio.
No que se refere à área comercial, a Embaixada do Brasil em Londres atua em duas frentes principais para promover os interesses brasileiros no Reino Unido. Na frente de política comercial, a Embaixada auxilia o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Agricultura e Pecuária nas negociações agrícolas em curso com o Reino Unido depois do Brexit – como a bem-sucedida negociação que levou ao fim dos controles reforçados sobre a carne bovina e de aves exportadas pelo Brasil, em 2023. Na frente de promoção comercial, a Embaixada realiza eventos setoriais para promover exportações brasileiras e atrair investimentos britânicos ao Brasil. Apenas de janeiro a outubro de 2024, já foram realizados oito eventos de grande porte nas áreas de agricultura, finanças, tecnologia, mineração e moda.
O que muda com a vitória do Partido Trabalhista nas eleições de julho último?
A relação com os países do “Sul Global” foi colocada como uma das prioridades da política externa britânica. O PM Keir Starmer reuniu-se com o Presidente Lula no mês passado, às margens da Assembleia Geral da ONU, ocasião em que o político britânico ressaltou a importância atribuída ao Reino Unido à relação com o Brasil.
A presidência brasileira do G20 também contribuiu para o fortalecimento das relações, uma vez que diversos ministros britânicos visitaram o Brasil para as inúmeras reuniões do grupo, ocasião que possibilitou reuniões bilaterais com as autoridades brasileiras. Espera-se, ainda, que o PM Keir Starmer participe da Cúpula do G20 no Rio de janeiro no próximo mês.
Vale ressaltar, ainda, ser a comunidade brasileira neste país - de cerca de 230 mil pessoas - a quarta maior do Brasil no mundo e a segunda maior na Europa, atrás apenas de Portugal.
Em 2025, celebraremos o bicentenário do estabelecimento de relações diplomáticas, o que ensejará a realização de uma série de eventos para fortalecer ainda mais a relação bilateral. Nesse contexto, temos também em vista o ano bilateral da cultura Brasil-Reino Unido, a ter início no segundo semestre de 2025. A iniciativa nos permitirá mostrar um Brasil afirmativo em sua diversidade e engajado com a comunidade internacional, de modo a alcançar público amplo – incluindo as camadas mais jovens –, não necessariamente familiarizado com a cultura brasileira.
Com sua extensa experiência na área de negociações econômicas multilaterais, quais áreas que ainda não foram trabalhadas e estão no radar do governo britânico e brasileiro?
Atualmente, mais da metade (58%) das exportações brasileiras para o Reino Unido é composta por bens agrícolas, destacando-se a soja, o café torrado e as carnes bovina e de frango. Por outro lado, as importações brasileiras do Reino Unido consistem majoritariamente em produtos manufaturados, como obras de ferro, medicamentos e motores. Ampliar a corrente de comércio, explorando setores adicionais, será essencial.
Nos setores inovadores da economia, oportunidades de cooperação em comércio digital e tecnologia vêm ganhando destaque. Exemplo disso é a frequência de missões entre os dois países, com empresas interessadas em investir e comercializar bens e serviços inovadores. Em outubro de 2024, por exemplo, ocorreu uma missão do Reino Unido ao Brasil, com delegação de universidades que buscam aprofundar iniciativas de cooperação com instituições de ensino superior brasileiras.
Quais os principais pontos e áreas estreitam a relação comercial, política e cultural entre Reino Unido e Brasil neste momento?
Na área comercial e de atração de investimentos, percebemos quatro grandes áreas de interesse britânico no Brasil:
1. i) Finanças: o Reino Unido é um líder na área de finanças, sendo Londres sede de alguns dos maiores bancos e dos maiores fundos do mundo. Grande parte desses bancos e fundos tem investimentos no Brasil, e alguns contam com presença física no País. Do lado brasileiro, há também grande interesse de empresas do ramo financeiro, com a presença de grandes fundos e bancos brasileiros em Londres (incluindo o Banco do Brasil).
2. ii) Tecnologia: empresas de tecnologia e investidores em tecnologia britânicos têm demonstrado grande interesse no Brasil. O País é visto como uma opção para expansão internacional dessas empresas (em particular start-ups e scale-ups), em razão de seu grande mercado consumidor e por ter uma população considerada tech-savvy, ou seja, aberta a experimentar soluções tecnológicas inovadoras. O interesse maior, contudo, vem de investidores (em particular de capital de risco), que buscam projetos tecnológicos promissores em estado inicial ou intermediário de maturação. O setor de fintechs costuma ser o mais ativo na aproximação comercial entre Brasil e Reino Unido.
iii) Energia: Investidores e grandes empresas de energia britânicas (como a Shell e a BP) têm-se voltado cada vez mais para o Brasil como uma fonte de energia limpa capaz de contribuir de maneira significativa para a transição energética no Reino Unido. Há particular interesse em energia solar, eólica e em hidrogênio verde. Têm-se verificado, mais recentemente, interesse em biocombustíveis brasileiros.
1. iv) Mineração: apesar da presença britânica em mineração no Brasil já ser antiga, tem havido renovado interesse pelo País no contexto da extração de minerais críticos necessários para a transição energética. O Brasil conta com amplas reservas desses minerais, e a localização do País, distante dos maiores focos de conflitos geopolíticos, oferece uma fonte segura e resiliente para o Reino Unido.
Do lado brasileiro, há grande potencial de crescimento das nossas exportações agrícolas para o Reino Unido. Após o Brexit, o Reino Unido passou a revisar as barreiras agrícolas herdadas da União Europeia, abrindo a possibilidade para o aumento de exportações brasileiras de produtos do agronegócio.
No que se refere à área comercial, a Embaixada do Brasil em Londres atua em duas frentes principais para promover os interesses brasileiros no Reino Unido. Na frente de política comercial, a Embaixada auxilia o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Agricultura e Pecuária nas negociações agrícolas em curso com o Reino Unido depois do Brexit – como a bem-sucedida negociação que levou ao fim dos controles reforçados sobre a carne bovina e de aves exportadas pelo Brasil, em 2023. Na frente de promoção comercial, a Embaixada realiza eventos setoriais para promover exportações brasileiras e atrair investimentos britânicos ao Brasil. Apenas de janeiro a outubro de 2024, já foram realizados oito eventos de grande porte nas áreas de agricultura, finanças, tecnologia, mineração e moda.
Passando à área política, Brasil e Reino Unido, na condição de democracias multiétnicas e de duas das maiores economias do mundo, compartilham valores e vínculos históricos de amizade e cooperação. Desde 2012, os dois países mantêm Diálogo Estratégico de Alto Nível, cuja última reunião ocorreu no ano passado, por ocasião da visita do Secretário do Exterior britânico ao Brasil.
Com a vitória do Partido Trabalhista nas eleições de julho último, após 14 anos de governos conservadores, a relação com os países do “Sul Global” foi colocada como uma das prioridades da política externa britânica. O PM Keir Starmer reuniu-se com o Presidente Lula no mês passado, às margens da Assembleia Geral da ONU, ocasião em que o político britânico ressaltou a importância atribuída ao Reino Unido à relação com o Brasil.
A presidência brasileira do G20 também contribuiu para o fortalecimento das relações, uma vez que diversos ministros britânicos visitaram o Brasil para as inúmeras reunião do grupo, ocasião que possibilitou reuniões bilaterais com as autoridades brasileiras. Espera-se, ainda, que o PM Keir Starmer participe da Cúpula do G20 no Rio de janeiro no próximo mês.
Vale ressaltar, ainda, ser a comunidade brasileira neste país - de cerca de 230 mil pessoas - a quarta maior do Brasil no mundo e a segunda maior na Europa, atrás apenas de Portugal.
Em 2025, celebraremos o bicentenário do estabelecimento de relações diplomáticas, o que ensejará a realização de uma série de eventos para fortalecer ainda mais a relação bilateral. Nesse contexto, temos também em vista o ano bilateral da cultura Brasil-Reino Unido, a ter início no segundo semestre de 2025. A iniciativa nos permitirá mostrar um Brasil afirmativo em sua diversidade e engajado com a comunidade internacional, de modo a alcançar público amplo – incluindo as camadas mais jovens –, não necessariamente familiarizado com a cultura brasileira.
Para além de celebrar paixões comuns, como a música e o futebol, o ano bilateral da cultura será também ocasião para aprofundar o conhecimento mútuo em segmentos como artes plásticas e cênicas, audiovisual, gastronomia, moda, entre outras expressões culturais de duas sociedades vibrantes e plurais. A diversificada programação que procuraremos imprimir ao ano bilateral da cultura permitirá também explorar pontos de contato com a academia, o setor privado e a sociedade civil de forma mais ampla.
Temos, de resto, promovido consistentemente a cultura brasileira por meio da programação regular da Embaixada, com eventos sobretudo nas áreas de música, cinema e artes visuais. A divulgação cultural ocorre também mediante colaboração com destacadas instituições britânicas. O patrocínio à participação de artistas brasileiros no prestigioso Festival de Edimburgo; o apoio da Embaixada à exposição sobre a obra de Lygia Clark na Whitechapel Gallery, no início de outubro; e os preparativos para programação associada a exposição sobre o modernismo brasileiro na Royal Academy são apenas os exemplos mais recentes da relação próxima que cultivamos junto a instituições britânicas de arte.
Com sua extensa experiência na área de negociações econômicas multilaterais, quais áreas que ainda não foram trabalhadas e estão no radar do governo britânico e brasileiro?
Atualmente, mais da metade (58%) das exportações brasileiras para o Reino Unido é composta por bens agrícolas, destacando-se a soja, o café torrado e as carnes bovina e de frango. Por outro lado, as importações brasileiras do Reino Unido consistem majoritariamente em produtos manufaturados, como obras de ferro, medicamentos e motores. Ampliar a corrente de comércio, explorando setores adicionais, será essencial.
Nos setores inovadores da economia, oportunidades de cooperação em comércio digital e tecnologia vêm ganhando destaque. Exemplo disso é a frequência de missões entre os dois países, com empresas interessadas em investir e comercializar bens e serviços inovadores. Em outubro de 2024, por exemplo, ocorreu uma missão do Reino Unido ao Brasil, com delegação de universidades que buscam aprofundar iniciativas de cooperação com instituições de ensino superior brasileiras.
Por fim, outra área promissora é o comércio de produtos com baixo impacto ambiental. Com o foco global crescente em sustentabilidade, a cooperação em tecnologias verdes, energias renováveis e produtos sustentáveis tem sido prioridade nas negociações comerciais.
O Brasil, que tem uma das maiores coberturas de florestas nativas do mundo, cerca de 59% do território nacional, tem implementado programas para reduzir emissões e avançar na descarbonização e transição energética. Tanto Brasil quanto Reino Unido buscam identificar oportunidades de negócios nesses processos, e o Brasil se destaca como um dos líderes globais nessas áreas.
Como tem sido o trabalho da embaixada para potencializar as relações diplomáticas Brasil-UK tendo em vista os apontamentos do atual primeiro ministro em relação a trabalhar no Conselho de Segurança da ONU e futuras parcerias?
Desde minha chegada ao Reino Unido, tenho ressaltado ser o Brasil um ator comprometido com a sustentabilidade, a democracia e a paz.
O governo trabalhista no Reino Unido tem enfatizado a importância atribuída ao respeito ao multilateralismo, e manteve posição em favor da reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, com a inclusão do Brasil como membro permanente. Tal apoio foi reafirmado no discurso do PM Keir Starmer na ONU no mês passado.
O Reino Unido também declarou seu apoio à proposta de criação Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. Trata-se de iniciativa capitaneada pelo presidência brasileira do G20 que busca estabelecer uma aliança para angariar recursos e conhecimentos para a implementação de políticas públicas e tecnologias sociais comprovadamente eficazes para a redução da fome e da pobreza no mundo.
Brasil e Reino Unido também possuem acordo sobre Parceria para o Desenvolvimento Mundial, único país com quem o Brasil firmou instrumento do tipo. Dentre os temas contemplados, está a coordenação das prioridades para a cooperação trilateral na África. Tendo em conta a prioridade atribuída a tal continente pelos dois países, estamos buscando formas de revitalize essa parceria.
Quais as iniciativas no âmbito da sustentabilidade unem as duas nações?
O Secretário do Exterior David Lammy ressaltou, no mês passado, a centralidade da agenda ambiental na política externa britânica, ao destacar a centralidade das questões ambientais e climáticas internacionais para a segurança e os interesses nacionais do Reino Unido, comparáveis aos desafios de segurança convencionais. O reconhecimento da importância de usar todas as alavancas diplomáticas e financeiras para resolver a questão da sustentabilidade está alinhado com os objetivos do Brasil para a COP30.
O Brasil é visto como parceiro inescapável do Reino Unido para temas ambientais. Ilustra tal importância o fato de a primeira viagem internacional do Secretário de Estado de Segurança Energética e Net Zero, Ed Miliband, ter sido ao Brasil, em agosto.
Na ocasião, os dois países assinaram Declaração Conjunta Brasil-Reino Unido sobre Cooperação Internacional em Clima, que reafirmou o compromisso dos dois países em liderar pelo exemplo no cenário internacional ao enfrentar os desafios globais para alcançar o desenvolvimento sustentável, a crise climática global, interromper e reverter a perda de florestas e biodiversidade, promover transições energéticas e possibilitar transformações ecológicas justas e inclusivas.
A cooperação bilateral na área ambiental tem sido uma das principais na carteira de projetos. Um dos mais emblemáticos projetos é o Amazon FACE. A iniciativa é desenvolvida em parceria entre a Agência Metereológica do Reino Unido (Met Office) e o MCTI e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). O objetivo do programa é verificar como as florestas reagem a injeção de carbono enriquecido, usando a tecnologia Free-Air CO2 Enrichment (FACE). Estão sendo construídas torres na floresta para o experimento, em região próxima a Manaus. Também merecem destaque as inciativas bilaterais na área de energia (hidrogênio), descarbonização da indústria, além, claro, do início da participação do Reino Unido como doador do Fundo Amazônia (durante a visita do Presidente Lula a Londres por ocasião da coroação do Rei Charles III, o Reino Unido anunciou contribuição de GBP 80 milhões para o fundo).
Mantemos muitos estudantes no Reino Unido, além de pesquisadores e professores. Como podemos potencializar esse intercâmbio?
O Reino Unido é um parceiro estratégico para o Brasil nas áreas de ciência, tecnologia e inovação. O Reino Unido tem quatro das dez principais universidades do mundo; um setor de tecnologia avaliado em mais de um trilhão de dólares, o terceiro país após os Estados Unidos e a China a atingir esse patamar; e quantidade das chamadas start-ups unicórnio (144), com valor de mercado de mais de US$ 1 bilhão, superior às da França e Alemanha combinadas. Nos últimos cinco anos, o setor de tecnologia do Reino Unido recebeu mais de US$ 100 bilhões em venture capital e emprega cerca de três milhões de pessoas. O país tem liderança tecnológica em diversos segmentos industriais, com destaque para os setores aeroespacial, automotor e farmacêutico, destacando-se como um dos principais colaboradores internacionais.
Entre 2010 e 2020, foram registradas 18.167 publicações científicas conjuntas entre Brasil e Reino Unido, que representaram aproximadamente 4,1% do total de publicações científicas do Brasil. Essa colaboração é particularmente forte nas áreas de saúde, ciências da vida e meio ambiente.
A presença de centros e institutos dedicados ao Brasil em universidades britânicas, como o Brazil Institute da University of Birmingham e o Instituto no King’s College London, evidencia o crescente interesse do Reino Unido em fortalecer laços acadêmicos e de pesquisa com o Brasil. Essas instituições promovem colaborações e intercâmbios culturais, além de facilitar a pesquisa em áreas prioritárias como agricultura sustentável e transição energética.
As perspectivas para a colaboração entre Brasil e Reino Unido são promissoras, com a possibilidade de intensificar parcerias em áreas de pesquisa e desenvolvimento. A colaboração entre instituições, como a parceria da Fiocruz com a Universidade de Oxford na vacina AstraZeneca, serve como um exemplo bem-sucedido das potencialidades dessa cooperação.
Em termos de mobilidade acadêmica, cerca de 758.000 estudantes internacionais estavam matriculados em universidades britânicas (2023/HESA). Apesar de o Reino Unido ser um destino popular para estudantes de nível superior provenientes do Brasil, o número de brasileiros matriculados em universidades britânicas ainda é modesto, com pouco mais de 1.400 alunos, especialmente se comparado a países como China e Índia, que têm mais de 100.000 estudantes no Reino Unido.
Desde que cheguei ao Reino Unido, já proferi palestras e compareci a eventos nas universidades de Oxford, Birmingham, Sussex, King’s College London, Loughborough e Glasgow e em breve serei recebido em Cambridge pelo diretor do Instituto de Global Studies.