Henrique Blecher, Origem: 'Mercado de loteamento é a primeira ou segunda moradia, já que ter a casa própria é o sonho do brasileiro'

Sustentabilidade e integração com a cidade estão entre os principais fatores em voga no mercado imobiliário.

Henrique Blecher (1)Henrique Blecher, fundador da Origem. (Foto: Divulgação)

O setor de construção civil está se preparando para abraçar uma fase de inovações e tecnologias emergentes. Porém, o foco de todas as novidades deve estar a serviço de edificações mais sustentáveis, afinal, as mudanças climáticas estão causando situações extremas por todo o Brasil, e o segmento tem alto potencial de transformação deste cenário.

Globalmente, a construção civil é responsável por 37% das emissões de CO2, segundo o Relatório de Status Global para Edifícios e Construção da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado em 2021. A boa notícia é que o segmento nacional tem evoluído: o U.S. Green Bulding Council Brasil reportou que, em 2022, o Brasil era o quarto país do mundo em construções sustentáveis no ranking do selo de Liderança em Energia e Design Ambiental (LEED).

“Para 2024, a expectativa é que o setor da construção civil avance em projetos sustentáveis. Por isso, as tendências e tecnologias neste e nos próximos anos estão todas associadas à redução das emissões de gases de efeito estufa e outras metas de proteção ao meio ambiente”, destaca a Building Segment Leader South para América do Sul da Schneider Electric, Patricia Lombardi.

Marco histórico

A MRV, maior construtora da América Latina, lança na capital paulista o maior projeto de toda sua história: Cidade Sete Sóis Pirituba. Com 1,7 milhão de m² de extensão, o complexo traz o conceito de cidade inteligente, em um bairro aberto, inteiramente planejado para ser inclusivo e transformador, valorizando a integração com a natureza e promovendo senso de comunidade.

Baseado em sete pilares, que deram origem ao nome, – Viva Verde, Segurança, Desenvolvimento Urbano, Mobilidade e Acessibilidade, Comodidades, Boa Vizinhança e Tecnologia – o projeto foi desenvolvido por um time multidisciplinar de especialistas e tem toda sua infraestrutura pensada para proporcionar mais qualidade de vida e sustentabilidade, de forma acessível e democrática ao seu público e toda a região. Tudo isso alinhado aos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) da ONU. Ao todo, serão 750 mil m² de área verde, contemplando áreas de preservação, praças e um parque linear, que equivalem ao tamanho do Parque Villa-Lobos.

De acordo com Camila Fiuza, diretora de Desenvolvimento Imobiliário da MRV, tecnologias serão incorporadas ao empreendimento, incluindo soluções de cabeamento que reduzem a poluição visual, iluminação em LED nas vias e infraestrutura para instalação de Wi-Fi nas áreas comuns dos condomínios, promovendo a conectividade e o conforto dos moradores.

“Nosso conceito de smart cidade é promover uma experiência inteligente de morar em coletividade, revolucionando a relação de cada pessoa com seu espaço e sua comunidade”, diz.

Projeção

Com aproximadamente R$ 2 bilhões de investimento total, que compreendem obras, criação de infraestrutura, urbanização e melhorias para a região, o empreendimento irá gerar cerca de R$ 3 bilhões de VGV (Valor Geral de Vendas) e mais de 12 mil empregos diretos e indiretos. Ao longo de dez anos, o projeto será dividido em seis fases, sendo a primeira com 11 lançamentos previstos até 2025, todos enquadrados no programa Minha Casa, Minha Vida.

Para Eduardo Fischer, CEO da MRV&CO, Sete Sóis Pirituba representa um marco histórico no mercado imobiliário brasileiro por tornar acessível um projeto de alto padrão urbanístico. “Sete Sóis é a concretização do sonho, um projeto acessível a uma ampla gama de pessoas que desejam viver em um ambiente que oferece inteligentes soluções em áreas verdes, lazer, segurança e senso de comunidade”, enfatiza.

Experiência

Henrique Blecher e demais sócios responsáveis pela holding Nivi Real Este acabam de lançar nova marca focada na criação de loteamentos urbanos e trazendo como diferenciais arquitetura, paisagismo, infraestrutura de lazer, bem-estar e segurança. Batizada de Origem, a empresa conta com a direção de Engenharia da sócia Mariana Tavares e já tem um projeto saindo do papel.

Localizado no bairro de Vargem Pequena, na Zona Oeste da capital do Rio de Janeiro, será lançado ainda em novembro o residencial com 194 áreas privativas, espaços de lazer e estrutura focada na contemplação da área verde e na segurança de seus residentes. Para esse primeiro empreendimento, em um terreno de 64 mil m² e Valor Geral de Vendas (VGV) em torno de R$ 100 milhões, a Origem traz a assinatura de Duda Porto, nos projetos arquitetônicos, e Marcos Sá, no paisagismo.

“Nesta nova empreitada, buscamos entregar, além de uma estrutura confortável, uma experiência do morar para o cliente final. Usamos a lógica dos condomínios verticais modernos, com muitas áreas de lazer e convivência, para um projeto horizontal. Em um condomínio de casas, o conforto será o mesmo ou até maior do que aquele de condomínios de prédios. Entendemos o potencial deste mercado de loteamento como opção de primeira ou segunda moradia, já que ter a casa própria é o principal sonho do brasileiro”, explica Henrique Blecher, que fará parte do conselho da Origem.