Jorge Pinheiro, Hapvida: 'Nossa missão é levar o acesso ao plano de saúde para mais e mais pessoas'
Setores estratégicos oferecem um amplo portfólio de oportunidades e arrojados modelos operacionais.
Jorge Pinheiro, CEO da Hapvida NotreDame Intermédica. (Foto: Divulgação)
Na esteira dos bons números econômicos de 2023, diversos segmentos tem apontado para a manutenção dos investimentos ou reforço de compromissos com os ajustes necessários para a retomada do crescimento. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) prevê uma alta de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.
Para o PIB industrial, a instituição projeta alta de 2,1% em 2024, segundo o Informe Conjuntural do primeiro trimestre. A expectativa é que o crescimento seja mais equilibrado entre os setores, com aumento de 2,0% da Indústria da Construção e 1,7% da Transformação, diferentemente de 2023, quando ambos caíram.
“As quedas da inflação e dos juros, o aquecimento do mercado de trabalho e a possibilidade de mais acesso ao crédito são os principais fatores que vêm dando mais estímulos à economia desde o final de 2023. Apesar da projeção para o PIB ser menor que o ano passado, a composição do crescimento esperado para 2024 é positiva e mais equilibrada”, destaca o presidente da CNI, Ricardo Alban.
Um recorte regional positivo também revela otimismo no setor. A exportação de industrializados de Mato Grosso do Sul, em março, atingiram US$ 434,7 milhões. No acumulado do primeiro trimestre de 2024, a receita total ficou em US$ 1,361 bilhão, o maior valor já alcançado pela indústria estadual no período de janeiro a março, conforme levantamento do Radar Industrial Fiems.
Boa saúde
Já a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou em meados de abril os dados econômico-financeiros relativos ao quarto trimestre de 2023. As informações financeiras enviadas pelas operadoras de planos de saúde à ANS demonstram que o setor registrou lucro líquido de R$ 3 bilhões no acumulado de 2023. Esse resultado equivale a aproximadamente 1% da receita total acumulada no período, que foi superior a R$ 319 bilhões.
As operadoras médico-hospitalares, que são o principal segmento do setor, fecharam com resultado operacional negativo acumulado no ano de R$ 5,9 bilhões. Entretanto, o resultado do quarto trimestre isolado é o melhor de um trimestre desde 2021. Com isso, a Hapvida NotreDame Intermédica, maior empresa de saúde da América Latina, acaba de anunciar investimento de R$ 1,5 bilhão para a construção de três novos hospitais nas capitais de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco.
“Esses hospitais estarão no topo do nosso atendimento de alta complexidade, com tecnologia, inovação e hotelaria diferenciadas”, assegura Jorge Pinheiro, CEO da Hapvida NotreDame Intermédica.
De acordo com o cronograma da companhia, o hospital de Recife, já em obra, será entregue no segundo semestre deste ano. As instalações do Rio de Janeiro e de São Paulo devem entrar em operação entre 2025 e 2026. Os recursos utilizados para a compra de terreno e para as intervenções sairão do caixa da própria companhia.
“Hoje temos cerca de 16 milhões de clientes. Nossa missão é levar o acesso ao plano de saúde, que ainda é o sonho de muitos brasileiros, para mais e mais pessoas”, afirma Pinheiro.
Mais seguros
A CNseg também apresentou em abril a edição 2024 da Agenda Institucional do Setor de Seguros, documento que destaca as principais pautas e projetos de interesse do setor junto ao Legislativo e o Executivo federal.
Para o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, a Agenda Institucional é uma conquista importante para o setor, pois apresenta à sociedade, de forma organizada, os temas fundamentais para ampliação do seguro em todo o país.
"É um passo importante para esclarecer aos diversos interlocutores como o setor pode contribuir e ampliar, cada vez mais, a sua função social, dando aos cidadãos e empresas a proteção necessária para enfrentar momentos de dificuldade”, ressaltou.
Apesar da relevância do seguro na vida das pessoas, ainda é preciso avançar na interlocução junto a entes públicos e sociedade para que tenham uma melhor compreensão dos benefícios que este mercado traz para o país.
O setor garante proteção econômica, contribuí para a redução do risco sistêmico e atenua perdas financeiras associadas a diversos eventos de danos à vida, à saúde e aos bens, disse o presidente da entidade.
O diretor de Relações Institucionais da CNseg, Esteves Colnago, reforça os avanços significativos do setor. “Contamos com a aprovação de normativas importantes, como a que reconheceu as operações de seguro de crédito como mitigadores para operações de crédito realizados por instituições financeiras; ou a que incluiu nos processos licitatórios os títulos de capitalização como opção de garantia por exemplo”.
Força local
A Cedae teve lucro líquido de R$ 421,6 milhões em 2023, um salto de mais de 38.000% sobre o R$ 1,080 milhão registrado em 2022. Os números mostram o impacto dos leilões de concessão dos serviços de distribuição de água e coleta e tratamento de esgoto, que foram concluídos em dezembro de 2021 e demandaram um período mínimo de ajustes antes de produzir efeitos visíveis no balanço da empresa.
No âmbito geral, o principal responsável pelo lucro foram os ganhos financeiros (R$ 497 milhões), mas também é importante destacar o resultado operacional que, por não incluir ganhos ou perdas com juros, reflete o desempenho das atividades operacionais . “Esses números são muito positivos e indicam que, já neste ano de 2024, a Cedae deve ter lucros com o resultado da sua operação.
Isso marca um novo momento da companhia que após a concessão se consolida como uma empresa saudável, sustentável, capaz de realizar os investimentos necessários para cumprir sua missão de garantir a segurança hídrica dos moradores do Rio”, explica Aguinaldo Ballon, diretor-presidente da Cedae.
PPPS
Em Minas Gerais, a sinergia entre a Codemge e a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) ilustra o sucesso das PPPs. A concessão da Serraria Souza Pinto, em Belo Horizonte, finalizada recentemente, é um bom exemplo. Além de buscar a melhoria na infraestrutura e a preservação histórica, o projeto almeja a otimização operacional por meio de uma gestão especializada.
Essa experiência se soma a outros casos de sucesso, incluindo a gestão de rodovias estaduais, o Terminal Rodoviário de Belo Horizonte, hospitais regionais e projetos de grande envergadura, como o aeroporto da Pampulha e o rodoanel metropolitano. Juntos, eles somam mais de R$ 20 bilhões em investimentos, o que evidencia o potencial das PPPs em promover desenvolvimento sustentável por meio de uma gestão eficiente, social e inovadora.