Grupo Hope planeja expansão ambiciosa com meta de 35% de crescimento

Com investimento de R$ 20 milhões e inovação estratégica, empresa projeta duplicar produção e expandir sua presença no mercado.

sandra chayoSandra Chayo, sócia-diretora do Grupo Hope. (Foto: Divulgação)

O Grupo Hope, referência no setor de moda íntima no Brasil, está prestes a dar um passo ousado. A empresa, que acumula 58 anos de história, planeja fechar 2024 com um crescimento de 35% em produção e vendas. Para alcançar esse objetivo, a Hope investirá R$ 20 milhões na modernização de sua fábrica no Ceará e no aumento do número de lojas.

Em entrevista exclusiva ao Show Business, Sandra Chayo, sócia-diretora da Hope, detalhou os planos e desafios da empresa.

Como surgiu a decisão de crescer 35% em 2024?

No ano passado, realizamos pela primeira vez um planejamento estratégico com uma consultoria externa. Isso nos ajudou a identificar que, ampliando o público-alvo com linhas mais acessíveis, poderíamos aumentar vendas e produção. Estamos confiantes nesse crescimento.

Qual é o diferencial da Hope no mercado de lingerie?

A Hope tem a mulher como inspiração e a inovação como essência. Trouxemos várias tendências ao setor e criamos produtos que antecipam comportamentos. Nosso objetivo é sempre oferecer qualidade e durabilidade, o oposto do fast fashion.

Quais são os planos de expansão das lojas?

Atualmente temos 300 lojas, mas a meta é chegar a 700 nos próximos anos. Além disso, estamos apostando em cidades menores e em lojas de rua, que têm custos operacionais mais baixos e ajudam a fortalecer a presença da marca em novas regiões.

Como vocês estão lidando com a tendência de consumo sustentável?

Lançamos o projeto “Doa e Esperança” em 2022, que coleta peças íntimas usadas em bom estado, higieniza e as doa para comunidades carentes. É uma forma de reduzir impactos ambientais e atender uma necessidade social importante.

Vocês pretendem abrir capital em breve?

Ainda não é o momento. Apesar de o mercado de moda íntima ser grande, queremos consolidar mais aspectos do negócio antes de considerar essa possibilidade.

E quanto ao e-commerce? Qual a relevância desse canal para vocês?

Ele representa cerca de 18% das vendas, mas nosso foco principal continua sendo as lojas físicas, que oferecem uma experiência diferenciada para os clientes.

Como a Hope se posiciona frente às mudanças no mercado?

Estamos atentos às tendências, como a valorização do natural e o declínio dos implantes de silicone. Por isso, temos investido em produtos mais leves e confortáveis, como sutiãs sem bojo, que estão em alta.

Qual é o segredo para manter a liderança no setor?

Acreditamos em crescer com consistência, sempre valorizando a inovação, a qualidade e a proximidade com nossos franqueados e consumidores.