Depois do 'efeito champanhe', mercado de entretenimento precisa gerar entusiasmo para se manter em alta

Avaliação foi feita por empresários do segmento, em conversa no LIDE LINK.

WhatsApp Image 2024-09-11 at 12.20.13Avaliação foi feita por empresários do segmento, em conversa no LIDE LINK. (Foto: Tatiana Paiva/ LIDE)

Depois de mais de dois anos em confinamento gerado pela crise de saúde causada pela covid-19, o setor de entretenimento, um dos mais afetados pela pandemia, viveu o chamado "efeito champanhe", um sentimento geral de celebração e desejo de retomada aos eventos presenciais e grandes shows.

"Depois da pandemia, o entretenimento ao vivo se tornou muito mais valorizado pelas pessoas. Durante um período elas foram proibidas de consumir e frequentar os lugares, e isso deu uma percepção de valor para o segmento e gerou entusiasmo no mercado", comentou Caire Aoas, empresário e sócio da Diverti, em sua participação no LIDE LINK.

Para Aoas, a onda de festivais de música está em alta e o mercado tem ainda mais espaço para crescer com bons investimentos em inovação, tecnologia e olhar atento ao que grandes produções já estão fazendo no exterior.

"O público está cada vez mais seletivo com as experiências que vai ver e busca um entretenimento de qualidade - e tudo é pensado nesse contexto: fila, preço, acesso, conforto e até visibilidade. Tudo isso pesa e vai muito além de um bom show acontecendo no palco", completou.

Sócio-diretor da Diverti, Gui Marconi acredita que é preciso "contar uma história" para cativar o público no mercado do entretenimento. "Talvez esse seja um dos motivos da turnê da Ivete Sangalo ter sido cancelada. Por outro lado, eventos que contam uma história, como os shows para comemorar os 30 anos do Soweto, a turnê de despedida do Natiruts e o retorno de Sandy e Junior foram grandes sucessos de público".

Marconi afirma, ainda, que a grande oferta tende a causar saturação no mercado, principalmente no caso dos festivais. "Por isso é preciso ter um conteúdo verdadeiramente forte, com marca, planejamento e histórico. Tudo que é realmente relevante vai continuar se perpetuando", finalizou.