Momento não é favorável para compra de imóveis em Portugal; contador aconselha: “melhor aguardar”

Especialista faz recorte histórico das tendências que dominavam o mercado no chamado pós-pandemia.


Projeções para 2022 foram quase que totalmente desfeitas por conta da nova crise global. (Foto: Divulgação)

Analisando o cenário atual do mercado imobiliário e as projeções pautadas pelas consequências da guerra na Ucrânia, o contador e consultor português em Portugal, Joaquim Moreira, resolveu fazer um alerta a todos os conterrâneos: não comprem imóveis nos próximos seis meses.

Para contextualizar, o profissional fez um recorte histórico das tendências que dominavam o mercado no chamado pós-pandemia.

“A crise gerada pela Covid-19 fez com que insumos, materiais e até a mão-de-obra do setor sofressem seguidos aumentos. O resultado disso é que, além da baixa oferta, os imóveis ficaram mais caros”, pontuou.

Essa visão do consultor é atestada ainda por uma avaliação do Instituto Nacional de Estatística (INE), que indicaram que no terceiro trimestre de 2021, o Índice de Preços da Habitação (IPHab) subiu 9,9%, mais de 3 pontos percentuais do que no trimestre anterior.

Mas, as projeções para 2022 foram quase que totalmente desfeitas por conta da nova crise que assola o mundo, gerada pela guerra na Ucrânia.

Que impacto pode ser percebido de imediato com ela? Segundo Joaquim, seria justamente a falta de rentabilidade rápida.

“As pessoas tendem a perder o poder de compra. Com isso, quem cobrar caro, corre o risco de ficar sem vender. Então, para 2022, a nova tendência é de queda no preço dos imóveis. Se isso não acontecer, o prejuízo se dará nós dois âmbitos: tanto para quem compra, quanto para quem vende”, prognosticou.