89% dos CEOs de gestão de ativos preveem um crescimento nos lucros organizacionais nos próximos três anos
Estudo da KPMG aponta também outras prioridades dos executivos, como planejameto estratégico e digitalização.
Lino Júnior, sócio-líder de Asset Management da KPMG no Brasil. (Foto: Divulgação)
Um estudo realizado pela KPMG com CEOs da indústria de gestão de ativos apontou que 89% dos deles preveem um crescimento nos lucros organizacionais e 84% acreditam que empregarão um número maior de pessoas nos próximos três anos no que diz respeito à geração de valor econômico. O levantamento mostrou também que, entre as outras prioridades dos executivos, estão o propósito confiável, planejamento estratégico, tecnologia e digitalização e a inteligência artificial generativa.
A pesquisa “CEO Outlook 2023 – recorte gestão de ativos” indicou que a incerteza política atingiu o topo da lista de ameaças observadas pelos líderes do segmento, com 16% mencionando-a. A preocupação com o aumento da taxa de juros permanece inalterada em 15%, com 83% acreditando que essa elevação e o aperto das políticas monetárias poderiam prolongar uma possível recessão.
“É ressaltada a necessidade de os líderes estarem preparados para enfrentar altos níveis de escrutínio sobre suas decisões, especialmente no que diz respeito à transparência corporativa e ESG. A necessidade de uma governança forte se mostra necessária para lidar com os riscos e oportunidades apresentados pela incerteza política, taxa de juros e pelas tecnologias emergentes e disruptivas. Portanto, é destacada a importância do planejamento e teste de cenários baseados em diferentes situações para lidar com os obstáculos, como os citados anteriormente”, afirma o sócio-líder de Asset Management da KPMG no Brasil, Lino Júnior.
Principais prioridades dos CEOS de gestão de ativos
- Geração de valor econômico: estão mais otimistas em relação à gestão de ativos em si, com 76% confiantes em relação ao crescimento do setor e 73% demonstrando confiança nas perspectivas de crescimento de suas próprias empresas.
- Planejamento Estratégico: A atração e a retenção de talentos subiram para o topo da lista de prioridades com 26% mencionando-as em 2023. A preparação para a inflação dos custos de capital e renda foi a segunda prioridade mais citada, escolhida por 20% no ano do relatório. A proporção dos que dizem ter um apetite robusto por fusões e aquisições aumentou acentuadamente, chegando aos 58% em 2023.
- Inteligência Artificial Generativa: Esse recurso foi identificado como um foco de investimento por 69% dos presidentes executivos, com apenas 21% discordando. Por outro lado, a maior parte (81%) dos participantes considera os crimes e ataques cibernéticos como desafios, com 28% deles afirmando que suas organizações estão pouco preparadas para o caso de um ataque.
- Tecnologia e digitalização: Os CEOs colocaram o avanço da digitalização e da conectividade no terceiro lugar em 2023. Contudo, a pesquisa mostra que 58% dos CEOs estão investindo capital em novas tecnologias. Além disso, a maior parte dos CEOs de gestão de ativos considera os crimes cibernéticos e os ataques cibernéticos como questões prementes, com 28% deles afirmando que suas organizações estão pouco preparadas para um ataque.
- Propósito confiável: O impacto significativo do ESG afeta alocações de capital, parcerias, alianças e relacionamentos com clientes. Os CEOs do segmento veem os investimentos em questões ESG como retornos a médio prazo, com 49% prevendo tais investimentos em três a cinco anos, 30% prevendo-os em menos de três anos e o restante em mais do que cinco anos.