Maioria dos paulistas consome serviços e produtos por meio de aplicativos

Pesquisa da Fundação Seade aponta que renda, escolaridade, faixa etária têm impacto significativo nesse hábito de consumo.

rowan-freeman-clYlmCaQbzY-unsplashCinquenta e um por cento da população do estado usa aplicativos para adquirir mercadorias, solicitar entrega ou serviços. (Foto: Unsplash)

Os aplicativos exercem papel importante no comércio eletrônico. Seu uso oferece uma experiência intuitiva, principalmente quando associados a celulares, que são o principal equipamento utilizado para o acesso à internet. No Estado de São Paulo, a Pesquisa Hábitos de Consumo por Aplicativos, realizada pela Fundação Seade, constatou que a maior parte da população já participa dessa modalidade de comércio.

Cinquenta e um por cento da população usa aplicativos para adquirir mercadorias, solicitar entrega ou serviços. Essa prática foi mais comum entre usuários da capital (54%), apesar de também ser significativa no interior do Estado (49%). Embora os números sejam inferiores ao consumo realizado por meio de websites, as compras por aplicativos são bem frequentes. Quase dois terços dos consumidores o fizeram pelo menos uma vez na semana, enquanto um quarto realiza algum tipo de compra online diariamente.

Diferenças socioeconômicas

Apenas 21% das famílias com renda inferior a um salário mínimo participam desse mercado, em contraste com 73% daquelas com renda acima de dez salários. A adesão a esse hábito variou de 13% entre indivíduos com ensino fundamental a 63% entre aqueles que concluíram o ensino superior. Ao considerar a faixa etária, observou-se uma variação de 21% entre idosos com 60 anos ou mais a 67% entre jovens de 18 a 29 anos. O estudo também destacou que, em termos de gênero, a diferença não foi tão significativa: 53% dos homens e 49% das mulheres adotaram essa prática.

Mercado

Embora os serviços de transporte e delivery continuem a dominar uma fatia significativa desse mercado, observa-se uma tendência crescente entre os usuários de aplicativos que relatam sua utilização em setores menos proeminentes, como supermercados, plataformas de compras online e para adquirir diversos serviços, como limpeza, manutenção domiciliar e cuidados pessoais.

Quando se trata do método de pagamento, 64% dos usuários preferem utilizar cartão de crédito, sendo essa escolha ainda mais prevalente, atingindo 75% entre aqueles com renda superior a 10 salários mínimos. Por outro lado, a modalidade de pagamento por Pix ganha destaque no segmento de menor renda, com 26% desses usuários optando por essa forma.